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Europa emite alerta de febre amarela para o Carnaval no Brasil

O bloco teme que o forte fluxo de turistas europeus ao Brasil durante esse período acabe gerando uma importação de casos da doença

Por Da redação
Atualizado em 19 jan 2018, 16h00 - Publicado em 19 jan 2018, 13h50
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  • Agência Europeia de Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) emitiu na quinta-feira um alerta recomendando que turistas com destino ao Brasil no Carnaval se vacinem contra a febre amarela. O órgão teme que o forte fluxo de turistas europeus ao país nesse período acabe gerando uma importação de casos da doença.

    Apesar do baixo risco de transmissão da febre amarela no continente europeu, as autoridades locais pedem que os turistas que estejam viajando ao Brasil sejam vacinados de acordo com as recomendações da OMS. Nesta semana, a agência da ONU incluiu todo o Estado de São Paulo entre os locais de risco, além do Rio de Janeiro e Bahia.

    “Durante o Carnaval, o número de viajantes da Europa ao Brasil deve aumentar. Portanto, o número de casos relacionados com viagens entre turistas não vacinados pode aumentar também nos próximos meses”, alerta.

    No comunicado, a agência lembra que o surto no Brasil havia sido declarado como encerrado em setembro de 2017. Mas os números em alta das últimas semanas apontariam para a volta da circulação do vírus, em especial em São Paulo.

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    “A identificação de casos em animais nas proximidades de regiões metropolitanas em São Paulo e Rio é preocupante, especial- mente diante do início da temporada do mosquito. Existe um aumento da possibilidade de transmissão urbana, o que aumenta de forma significativa o número potencial de pessoas expostas”, alertou.

    No último fim de semana, um holandês que estava no interior de São Paulo retornou a seu país de origem contaminado pela doença, o que fez a OMS reavaliar a situação do Brasil.

    Medidas preventivas

    Uma vez no Brasil, o órgão pede que os turistas “tomem medidas para prevenir a picada do mosquito, especialmente no início do dia e ao entardecer, quando os mosquitos são mais ativos”. Isso inclui o uso de repelentes, camisas e calças de manga comprida e dormir em quartos com ar -condicionado ou com redes para proteger as camas.

    A Europa também deixa claro que turistas internacionais que estejam retornando de áreas afetadas podem ser obrigados a mostrar provas de sua vacinação.

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    Treinamento de profissionais de saúde

    Como a doença é inexistente na Europa, a agência recomenda que médicos e profissionais do setor de saúde sejam informados de forma regular sobre as áreas com transmissão de febre amarela. Eles também devem passar a considerar a doença em seus diagnósticos.

    Territórios asiáticos

    Uma especial preocupação da Europa ainda se refere a seus territórios em outros continentes, afetados pelo mosquito. Territórios europeus na Ásia, por exemplo, contam com a presença do vetor da febre amarela, mas não com a doença. O temor é de que a importação de um caso brasileiro possa acabar gerando uma transmissão local em uma população que não está imunizada.

    Por isso, a agência sugere que os viajantes que chegam do Brasil devem ser avaliados sobre o status de sua vacinação. Outra recomendação é de que pessoas retornando de áreas sob risco de transmissão não realizem doações de sangue por 28 dias e que doações de certos órgãos sejam reavaliadas.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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