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Estudo identifica um dos principais culpados por doença no fígado

Pesquisadores da California associaram o consumo de fast-food à doença hepática gordurosa não alcoólica

Por Diego Alejandro
Atualizado em 13 jan 2023, 16h35 - Publicado em 13 jan 2023, 16h30
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  • Fígado (no destaque, em vermelho)
    FÍGADO Doença: no Brasil, mais de dois milhões de casos de doença hepática gordurosa não alcoólica surgem todo ano (Thinkstock/VEJA/VEJA)

    Um estudo do centro médico da University of South California, nos Estados Unidos, dá às pessoas uma motivação extra para reduzir o consumo de fast-food. Comer esses produtos ultra-processados está associado à doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), uma condição potencialmente fatal em que a gordura se acumula no fígado, de acordo com as descobertas publicadas na Clinical Gastroenterology and Hepatology.

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    Os pesquisadores observaram que pessoas com obesidade ou diabetes que consomem 20% ou mais de suas calorias diárias de fast food têm níveis severamente elevados de gordura no fígado, em comparação com aqueles que consomem menos ou nenhum fast food. Entre 2019 e 2022, os lanchinhos apresentaram alta de 7% entre os consumidores ao redor do mundo, além de crescerem 1% em frequência e 25% em gastos, de acordo com o estudo Dining out’ at home!.

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    “Fígados saudáveis contêm uma pequena quantidade de gordura, geralmente menos de 5%, e mesmo um aumento moderado de gordura pode levar à DHGNA”, disse Ani Kardashian, hepatologista e principal autora do estudo. 

    Embora pesquisas anteriores tenham mostrado uma ligação entre fast food e obesidade e diabetes, este é um dos primeiros estudos a demonstrar o impacto negativo do fast food na saúde do fígado, de acordo com Ani. “O aumento acentuado da gordura no fígado em pessoas com obesidade ou diabetes é especialmente impressionante e provavelmente devido ao fato de que essas condições causam uma maior suscetibilidade ao acúmulo de gordura no fígado”, diz ela.

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    As descobertas também revelam que uma quantidade relativamente modesta de fast food, rica em carboidratos e gordura, pode prejudicar o fígado. “Se as pessoas comem uma refeição por dia em um restaurante fast-food, elas podem pensar que não estão fazendo mal” – afirma Ani – “No entanto, se essa refeição for igual a pelo menos um quinto de suas calorias diárias, eles estão colocando seus fígados em risco”.

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    A DHGNA, também conhecida como esteatose hepática, pode levar à cirrose ou cicatrização do fígado, que pode causar câncer ou insuficiência hepática. No Brasil, mais de dois milhões de casos surgem todo ano, segundo o Hospital Israelita A. Einstein.

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    Kardashian e seus colegas analisaram os dados mais recentes da maior pesquisa nutricional anual dos Estados Unidos, a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição 2017-2018, para determinar o impacto do consumo de fast-food na esteatose hepática. A investigação caracterizou fast food como refeições, incluindo pizza, de um restaurante drive-thru ou sem garçons.

    Aproximadamente 4 mil adultos tiveram as medições do fígado gordurosas aferidas. Desses, 52% consumiam algum tipo de fast food, e, dessa parcela, 29% ultrapassaram um quinto ou mais calorias diárias de fast food, sendo também os únicos que experienciaram um aumento nos níveis de gordura no fígado.

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    Ani espera que o estudo encoraje os profissionais de saúde a oferecer aos pacientes mais educação nutricional, especialmente para aqueles com obesidade ou diabetes que correm maior risco de desenvolver um fígado gorduroso devido ao fast food. Atualmente, a única maneira de tratar a esteatose hepática é através de uma intervenção na dieta.

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