Estudo de Israel mostra que reforço da Pfizer protege contra a ômicron
Aplicação de três doses da vacina Pfizer aumenta proteção em cem vezes contra a cepa africana, mostra pesquisa
A variante ômicron tem sido motivo de muita preocupação por se comprovadamente mais transmissível. Dede então, a cientistas e pesquisadores correm contra o tempo para atestar a eficácia das vacinas. Ao que parece, a boa notícia é que a aplicação de três doses da vacina Pfizer é capaz de proteger contra a cepa africana, mostra estudo israelense realizado pelo Sheba Medical Center e pelo Laboratório Central de Virologia do Ministério da Saúde de Israel.
Na pesquisa israelense, foram comparados grupos: o primeiro que recebeu as duas doses entre 5 a 6 meses atrás; e o segundo, em que os indivíduos receberam dose de reforço há pelo menos um mês. Os pesquisadores concluíram que o primeiro grupo não possui proteção contra a nova variante, mas o segundo grupo teve aumento da capacidade de neutralização do vírus. A proteção com a dose de reforço é aumentada em cerca de cem vezes. Em comparação com a Delta, a capacidade de neutralização é quatro vezes menor, mas ainda é bastante significativa, apontam os pesquisadores. A pesquisa foi realizada com o vírus real e não com o bio-projetado, que simula as mutações, método utilizado em outras pesquisas.
Os resultados da pesquisa reforçam o estudo preliminar da Pfizer/ BioNTech, realizado na semana passada, que indicava que o reforço de uma terceira dose da vacina poderia aumentar em até 25 vezes os anticorpos contra a ômicron.
Um estudo realizado pela Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido também atestou a eficácia do reforço da Pfizer contra a nova variante ômicron, de 70% a 75% de proteção. Embora estudos demonstrem a sua eficácia, a Pfizer/ BioNTech já anunciaram que estão desenvolvendo uma vacina específica contra a nova variante africana com previsão para março de 2022.