Último mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Estudo brasileiro desvenda relação entre vitamina D e fertilidade

Dosagem baixa não impacta na qualidade dos embriões e taxas de gravidez; achado evita que casais percam tempo aguardando resultados de suplementação

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 out 2024, 20h15
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Vitamina D
    NOVAS REGRAS: Hormônio é indicado para crianças e jovens de 1 a 18 anos, idosos com mais de 75 anos, gestantes e pessoas que vivem com pré-diabetes (Thinkstock/VEJA/VEJA)

    Quem quer ter filhos muitas vezes se pergunta sobre a necessidade de fazer suplementação com vitamina D caso apresente dosagem baixa do hormônio e se isso teria alguma interferência na fertilidade. Para tirar essa dúvida, um estudo brasileiro pioneiro se debruçou no tema e avaliou os impactos desse marcador na capacidade reprodutiva de casais. A boa notícia para os tentantes é que o índice não é um empecilho no sonho de ter um bebê.

    O ponto de partida do ensaio clínico foi entender se a vitamina D teria alguma função na resposta reprodutiva de casais que estão fazendo tratamentos para engravidar. A proposta era entender os possíveis desfechos em três cenários: níveis baixos nos dois (menor que 30ng/ml), apenas um com dose baixa e os dois com doses normais.

    Então, especialistas em reprodução humana da Fertipraxis Centro de Reprodução Humana avaliaram a qualidade embrionária e as taxas de gravidez de 267 casais que passaram por fertilização in vitro (FIV) no período de janeiro de 2017 e março de 2019.

    As mulheres que participaram tinham 35 ou 36 anos e os homens eram da faixa de 36 a 39 anos. Todos tinham indicação técnica para realização de fertilização. Os achados foram publicados na revista científica Fertiliy and Sterility.

    O diferencial do estudo foi não se concentrar nos impactos para homens e mulheres separadamente. “Os valores de referência para vitamina D são baseados em saúde óssea e não reprodutiva. Sabemos que receptores de vitamina D são encontrados em todos os tecidos reprodutivos, como testículos e ovários, mas nenhum estudo tinha feito a medição no casal”, explica Roberto de Azevedo Antunes, diretor-médico da Fertipraxis e responsável pelo Ambulatório de Infertilidade Conjugal do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (HUCFF-UFRJ).

    Continua após a publicidade

    A análise mostrou que os níveis de vitamina D não demonstraram importância para a qualidade dos embriões nem para as taxas de gravidez.

    Corrida contra o tempo

    O desfecho apontando que o hormônio não é relevante para casais que estão tentando ter filhos pode dar a impressão de que o ensaio chegou a um resultado negativo, mas não é bem assim.

    Apenas quem já passou pela experiência de fazer um tratamento que envolve preparo, investimento financeiro e uma corrida contra o tempo, pode compreender a dimensão de ter uma preocupação a menos.

    “Os casais ficam muito ansiosos e angustiados, porque o tempo é um bem precioso. Se o paciente tem de fazer uma reposição para, então, fazer o tratamento, isso significa perder dois, três meses. E meses significam óvulos piores e menos chances de gravidez em mulheres com mais de 40 anos”, diz Antunes. Logo, a comprovação científica vem para ser um alento para futuros pais.

    Continua após a publicidade

    Novas regras para vitamina D

    Vale lembrar que a vitamina D não deve ser usada por todas as pessoas. Neste ano, a Endocrine Society, entidade que representa a classe da endocrinologia internacionalmente, estabeleceu os grupos que realmente devem fazer a suplementação com o hormônio.

    São eles: crianças e jovens de 1 a 18 anos, idosos com mais de 75 anos, gestantes e pessoas que vivem com pré-diabetes.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.