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Esqui: acidentes sofridos por iniciantes são menos graves, mas mais frequentes

Medidas de segurança diminuem o risco de problemas — entre elas, treinar antes de esquiar e nunca sair da pista correta

Por Vivian Carrer Elias
30 jan 2014, 07h04

Recentemente, pelo menos dois acidentes em estações de esqui chamaram a atenção pela gravidade. Em dezembro do ano passado, o ex-piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher caiu e bateu a cabeça em uma pedra enquanto esquiava nos Alpes franceses. Ele sofreu lesões no cérebro e está até hoje em coma induzido. Já a ex-ginasta brasileira Laís Souza, que se acidentou nesta segunda-feira em Park City, nos Estados Unidos, sofreu um trauma severo na coluna cervical e está internada no Hospital da Universidade de Utah.

Esses dois acidentes são encarados como uma fatalidade, mas é inevitável que deixem algumas pessoas com um pé atrás em relação à modalidade. Lesões como as sofridas por Schumacher e Laís são mais comuns em atletas de alta performance, que atingem grandes velocidades no esqui. Isso não significa que amadores estejam livres de acidentes – mas sim que o risco é menor caso os devidos cuidados sejam tomados.

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“Acidentes muito graves, com lesões cerebrais ou na coluna, normalmente ocorrem quando o esquiador está em alta velocidade. Ou seja, com pessoas que esquiam muito bem, e chegam a atingir até 50 quilômetros por hora em um esqui”, afirma o chefe do setor de traumatologia da Unifesp, Fernando Baldy dos Reis.

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De acordo com Julio Nardelli, médico do esporte do Instituto de Ortopedia e Traumatologia da USP, lesões sofridas no esqui são mais frequentes em pessoas menos experientes – mas menos graves. Os episódios mais comuns são quedas, que resultam em lesões no joelho, especialmente no ligamento cruzado anterior, no ombro, como luxação ou entorse, e torção ou fratura do tornozelo.

Falta de prática – O risco da prática do esqui não se dá somente por ser um esporte de alta velocidade, em um ambiente com descidas e pedras, mas sim pela falta de experiência de muitos praticantes. “Os brasileiros, por exemplo, não têm contato com a neve, e a pouca prática pode levar a pequenos acidentes quando vão esquiar”, diz Fernando Baldy dos Reis. Esses pequenos acidentes podem se tornar graves caso o praticante amador extrapole a velocidade com a qual está acostumado, saia da pista adequada para o seu nível e não utilize equipamentos de segurança, como o capacete.

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Pessoas que decidem esquiar pela primeira vez precisam tomar medidas para evitar contratempos ou lesões graves. “É bom que elas consultem um médico antes para saberem se têm alguma lesão que as impede de esquiar. Além disso, é recomendável treinar e aprender a manipular o esqui antes de praticar o esporte. Por isso, tomar aulas com instrutores e começar esquiando na pista de crianças é essencial”, diz Nardelli. “As fatalidades acontecem, mas é preciso preparar-se para diminuir esse risco.”

Nos últimos cinco anos, o número de brasileiros que viajam para estações de esqui, seja no hemisfério Sul ou Norte, cresceu 30%, segundo Eduardo Gaz, diretor da agência de turismo Ski Brasil. Estima-se que, hoje, o Brasil tenha 100.000 esquiadores – ou seja, que viajam para esquiar ao menos uma vez a cada três anos – e que 60.000 pessoas saiam do país para esquiar todos os anos. “Viagens para esquiar se tornaram um estilo de vida. A família fica junta e pratica um esporte em contato com a natureza”, diz.

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