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Escola deve mediar contato entre aluno e mídias eletrônicas

Escolas e professores não têm acompanhado o ritmo das inovações tecnológicas no campo da informação e entretenimento. A afirmação está entre as conclusões do relatório Health Effects of Media on Children and Adolescents (Efeitos da mídia sobre a saúde de crianças e adolescentes), compilação de estudos publicada recentemente pela Academia Americana de Pediatria (AAP). Estudiosa […]

Por Natalia Cuminale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 Maio 2016, 16h39 - Publicado em 7 Maio 2010, 14h05
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  • Escolas e professores não têm acompanhado o ritmo das inovações tecnológicas no campo da informação e entretenimento. A afirmação está entre as conclusões do relatório Health Effects of Media on Children and Adolescents (Efeitos da mídia sobre a saúde de crianças e adolescentes), compilação de estudos publicada recentemente pela Academia Americana de Pediatria (AAP). Estudiosa do assunto, a professora Vânia Lúcia Quintão, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UNB), concorda. Ela é fundadora do site Educamídia, que pretende usar a TV na educação, e prega que os docentes se dediquem mais ao papel de mediar a relação entre conteúdos televisivos e crianças. “Para isso, é necessário que o professor conheça a cultura infantil, ou seja, o que as crianças consomem”, avalia. Confira a seguir a entrevista que a professora concedeu a VEJA.com.

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    As crianças brasileiras dedicam boa parte do dia à TV. A escola tem algum papel nessa relação?

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    Em geral, a escola fica com uma responsabilidade muito grande na educação das crianças, já que o tempo dos pais é cada vez menor e nem sempre eles têm informações sobre como agir. É importante que a escola faça uma ponte entre o que as crianças assistem e o que elas entendem. Ou seja, é preciso promover a reflexão do que é visto. Para isso, é necessário que o professor conheça a cultura infantil, ou seja, o que as crianças consomem. Não acho que seja um papel fácil.

    O consumo contínuo de entretenimento pode trazer efeitos negativos?

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    De modo geral, estudos mostram que existe má influência. Mas não podemos generalizar, já que depende muito da situação específica da criança. É claro que é prejudicial passar muito tempo em frente à TV, por exemplo. A criança está em desenvolvimento. Então é importante que ela tenha oportunidade de experimentar e fazer outras atividades. Brincar com os amigos é fundamental – não virtualmente. Por ter esse espaço, a escola é valorizada pelos jovens.

    É possível tirar proveito da tecnologia para a educação dos jovens?

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    O desenvolvimento tecnológico é muito rápido. E a reflexão, a elaboração, é mais lenta. Faltam mais estudos sobre os dispositivos eletrônicos, o que os jovens estão consumindo. Hoje, os jogos estão muito desenvolvidos, com recursos fantásticos de simulação. O problema é que vemos pouca intenção educativa em toda essa tecnologia. Não que o jogo tenha que transmitir um conteúdo, vinculado a uma matéria escolar. É preciso que exista um compromisso com as crianças e adolescentes em formação. No entanto, ocorre o contrário: você vê jogos que invertem os valores. A produção de materiais com um comprometimento com a formação de pessoas facilitaria muito a educação.

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    Qual o objetivo do Educamídia?

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    A nossa preocupação é observar o que está acontecendo na TV e divulgar as atrações que são positivas. Informamos isso aos professores. Observamos que, entre 2000 e 2005, houve uma redução da programação infantil nas TVs abertas. Atuamos como um observatório, já que acreditamos que há uma responsabilidade social com as crianças.

    Qual é o papel dos pais no controle das atrações que os filhos consomem?

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    Tratar a criança como adulto é uma forma de tirar a responsabilidade do assunto. Ela deve ser orientada, estimulada a refletir.

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