Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Entrou na academia e seu peso aumentou? A ciência explica

Estudos mostram que o tamanho da pessoa pode influenciar no do ganho de peso. Mas é importante continuar se exercitando e comendo adequadamente

Por Redação
2 abr 2019, 17h58
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Para perder peso, a recomendação é manter uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos diariamente, seja uma corrida no parque ou ir à academia. No entanto, para algumas pessoas, se exercitar traz efeitos opostos, ou seja, eles ganham peso ao invés de perder. E por que isso acontece? A ciência ainda está tentando desvendar todos os mecanismos envolvidos neste fenômeno, mas há explicações que podem indicar como e por que esse processo acontece.

    Publicidade

    Por exemplo, diversos estudos indicam que pessoas magras acostumadas a fazer exercícios aeróbicos tendem a comer a quantidade certa para compensar as calorias extras que queimam. Já indivíduos acima do peso estão mais propensos a comer demais. Segundo especialistas, isso acontece porque os processos fisiológicos mudam nas pessoas que se exercitam mais, como hormônios intestinais sendo liberados em diferentes concentrações durante a ingestão de alimentos, o que poderia ser um alarme para avisar sobre a real quantidade de comida necessária para fazer essa compensação. Ainda assim, essa é apenas uma das hipóteses.

    Publicidade

    Os pesquisadores ainda acreditam que outros fatores podem influenciar essa balança metabólica, como características genéticas. A psicologia das pessoas também pode ter papel importante nesses resultados já que algumas pessoas tendem a usar a comida como recompensa, ou seja, elas podem se exercitar bastante, mas acabam se “premiando” com comida por terem feito isso. Outra possível explicação é que os sinais de apetite de pessoas que perdem ou ganham peso é diferente em relação a quem mantêm o peso estável. E é claro, o tempo de atividade gasto durante o dia – seja para se exercitar ou realizar tarefas que gastam energia – também podem interferir nesses aspectos.

    O apetite

    Primeiro é preciso entender que o corpo humano não é capaz de detectar imediatamente as mudanças no gasto de energia para nos proporcionar a quantidade de apetite necessária para equilibrar essa equação. Por isso, sentimos fome várias vezes por dia, independente de termos ficado na cama o dia inteiro ou termos realizado uma faxina completa na casa. Outro problema é que nossos corpos liberam sinais biológicos muito mais fortes sobre o nosso apetite quando não comemos o suficiente do que quando comemos demais.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Por quê? Bem, tudo é uma questão de evolução. Lá começo da vida humana, não havia tanta comida disponível, então nossos ancestrais precisavam comer o máximo possível quando havia alimento, assim o corpo ficaria abastecido para enfrentar os dias de fome que viriam. Ainda que essa não seja mais a realidade para grande parte das pessoas, aparentemente, esse mecanismo ainda está presente no organismo humano.

    Metabolismo

    Agora vem as diferenças no apetite entre pessoas magras e acima do peso. Estudo de 2013 descobriu que as pessoas com sobrepeso sentem mais fome e consomem mais calorias do que as pessoas mais magras. Até aqui parece que não tem grandes novidades já que isso parece bem óbvio. Mas os pesquisadores ingleses também revelaram o motivo desse comportamento: tudo passa pelo metabolismo.

    Publicidade

    De acordo com os resultados, pessoas com excesso de peso têm taxa metabólica de repouso mais alta. Essa taxa, também chamada de metabolismo basal, está relacionada a queima de energia durante períodos de repouso, podendo ser de até 70% da queima de caloria diária. Por causa disso, a equipe propôs que essa taxa pudesse influenciar no tamanho das refeições das pessoas. Eles ainda indicaram que a composição corporal do indivíduo – especificamente sua quantidade de massa muscular – pode controlar essa taxa metabólica.

    Essa correlação gerou a seguinte justificativa: a taxa metabólica estaria apenas atuando como intermediária, direcionando as informações sobre a composição corporal para o hipotálamo – parte do cérebro envolvida em processos metabólicos, incluindo a fome. Isso significa que o apetite seria determinado pelo tamanho do indivíduo. Mas ainda há muito a ser descoberto antes de considerar essa explicação como definitiva.

    Publicidade

    Tamanho importa

    Outro estudo, publicado em janeiro no International Journal of Obesity, revelou que a quantidade de movimento realizado pelas pessoas influencia no quanto elas comem assim como as taxas metabólicas de repouso. Essa movimentação não estava relacionada a prática de exercícios físicos, mas a realização de tarefas diárias. Os pesquisadores notaram neste cenário que as pessoas com sobrepeso também tendiam a comer mais.

    Portanto, parece que o tamanho do indivíduo pode influenciar nos resultados do ganho ou perda de peso. No entanto, pesquisadores concordam que há mais perguntas do que resposta no momento. O importante é que a prática de exercícios físicos e a manutenção de uma dieta saudável – feita com acompanhamento médico – levam a um estilo de vida saudável, diminuindo inúmeros riscos de saúde, incluindo câncer. Então, movimente-se. E coma adequadamente.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.