A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) alertou sobre uma explosão de casos de dengue no Brasil. Segundo os dados preocupantes divulgados pela entidade nesta terça-feira 8, de janeiro a outubro de 2022 foram registrados 936 óbitos pela doença, o que significa que provavelmente o Brasil baterá o recorde em número de mortes pela doença até o final do ano. O maior número, até então, era de 2015, quando foram registradas 986 mortes de janeiro a dezembro.
Ainda de acordo com a SBI, houve um aumento de 400% na quantidade de óbitos causados pela dengue no período de um ano, entre 2021 e 2022. Neste ano, o número de casos também aumentou substancialmente com 1.341.000 registros em todo o país, o que corresponde a um índice de crescimento de 183% em comparação ao mesmo período no ano passado.
O alerta da SBI chama atenção para a chegada do verão, época em que os casos de dengue aumentam. A doença é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e pode apresentar tanto quadros leves até provocar a morte. Entre os sintomas principais estão dores nas articulações, dores de cabeça e no fundo dos olhos, febre alta, enjoos, vômitos e manchas na pele. Se evoluir para a dengue hemorrágica, quadro mais grave da dengue, o paciente passará a ter sangramentos de vasos na pele e em órgãos internos, causando ainda dificuldade respiratória, pele pálida e fria, sede excessiva, queda da pressão arterial, confusão mental e sangramentos.
Não existe um tratamento específico para a doença, por isso a melhor forma de combatê-la é prevenindo, com cuidados básicos como evitar e destruir focos de água parada, onde o mosquito se prolifera, em especial em pneus, vasos de plantas, embalagens plásticas e calhas. Se caso encontrar um terreno baldio com água parada, as pessoas também devem fazer uma denúncia à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pelo telefone 0800 642 9782 ou ligar para prefeitura de sua cidade.
A vacina contra a dengue existe no Brasil, mas só está autorizada para pessoas que já tiveram contato com o vírus, por isso, a SBI recomenda o uso de repelentes, prestando atenção às quantidades para cada idade, em especial, em crianças.