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Em cinco anos, Fiocruz vai fabricar no Brasil remédio contra doença de Parkinson

O medicamento imita a ação da dopamina no cérebro e interrompe a degeneração das células e a perda da coordenação motora

Por Da Redação
3 nov 2011, 18h39

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou nesta quinta-feira a transferência de tecnologia do medicamento pramipexol, para o tratamento da doença de Parkinson, com o laboratório alemão Boehringer Ingelheim. Em cinco anos, o remédio será fabricado no Brasil. Nesse período, o governo economizará R$ 65 milhões na compra desses comprimidos.

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DOENÇA DE PARKINSON

Doença degenerativa do sistema nervoso central em que neurônios responsáveis por secretar dopamina para estruturas envolvidas com o controle motor, cognição, emoções e aprendizado, são afetados. Isso impede que informações sejam corretamente enviadas aos músculos do corpo, ocasionando tremores e déficits de cognição.

“A doença de Parkinson integra o campo das doenças neurológicas, que são doenças que têm a ver com o processo do envelhecimento da população. Essa é uma área que precisa ter uma política muito bem direcionada, para não ficarmos defasados e dependentes do ponto de vista da produção externa”, afirmou o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

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A doença de Parkinson surge quando há uma degeneração das células no cérebro, que deixam de produzir a substância dopamina, neurotransmissor ligado aos movimentos do corpo. Quando os níveis de dopamina caem, o paciente apresenta os sintomas de rigidez muscular e tremores. O medicamento imita a ação da dopamina no cérebro e interrompe a degeneração das células e a perda da coordenação motora – por isso é indicado para o início do tratamento.

Hoje, o Brasil tem cerca de 200 mil pacientes com a doença, de acordo com a Associação Brasileira de Parkinson. O tratamento mensal com pramipexol custa R$ 680, o que equivale a um gasto anual de R$ 8.160. O governo compra o medicamento com desconto de 30%. O Ministério da Saúde repassa 37 milhões anuais para a compra de medicamentos por municípios e Estados, que complementam o valor do medicamento.

A transferência de tecnologia prevê a redução gradual do valor unitário do comprimido. Na forma de 1mg, por exemplo, o valor unitário passará de R$ 3,58 no primeiro ano para R$ 1,71, no último ano. O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) ficará à frente da produção. “Hoje não há compra centralizada. O governo federal repassa o dinheiro para que Estados e municípios comprem o medicamento. Acredito que, com o barateamento do custo de fabricação, haverá crescimento da demanda”, afirmou o diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe da Silva.

(Com Agência Estado)

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