Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Dietas com cardápios flexíveis fazem cada vez mais sucesso

Elas iluminam uma verdade: os programas drásticos estão fadados ao fracasso

Por Adriana Dias Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 14h33 - Publicado em 6 nov 2020, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • shutterstock_1811554570v
    BOM SENSO - Pratos equilibrados: um modo de tornar as regras saborosas – (./Shutterstock)

    A estatística transborda. Cinquenta milhões de adultos brasileiros seguem algum tipo de dieta. Nos próximos dois meses, metade terá desistido, inapelavelmente. Depois de mais quatro meses, somente 2% estarão seguindo as regras restritivas firmes e fortes. A principal causa do retumbante fracasso? Programas alimentares rigorosos demais — e a fome vence. Uma das explicações é lógica, atrelada aos mecanismos de defesa da espécie humana. Quando há redução drástica de calorias ou se exclui toda uma categoria de alimento, cai a produção de um composto no organismo essencial ao sucesso dos programas de emagrecimento: a serotonina, a substância do prazer. O novo balde de água fria nesses tipos de regime foi jogado recentemente com uma estocada no popular jejum intermitente, que prega ficar sem comer por horas a fio. Um estudo publicado na revista JAMA Internal Medicine mostrou que a médio prazo ele fracassa. Ao longo de três meses, a maioria dos participantes havia perdido cerca de 2 a 3,5 quilos — pouquíssimo a mais do que um grupo de controle. Foram avaliados esquemas de jejum de doze ou mais horas por dia. Uma das razões da falha apontada pelos especialistas é que os seguidores passavam a exagerar no consumo de alimentos ultracalóricos para aplacar o estômago vazio.

    Resumo da ópera: o crivo científico e a dura travessia dos viciados em regimes radicais, como o da turma da intermitência, abriram espaço para dietas menos severas. Eis aí uma boa novidade. Duas delas, em especial, conquistam número cada vez maior de brasileiros (veja detalhes no quadro ao lado). A chamada “flexitariana”, como o nome sugere, é um aceno ao exagero do vegetarianismo. A base de alimentação proposta é com proteínas de origem vegetal, como soja, lentilha, feijão e nozes, mas com algum consumo animal, em um terço das refeições. Vale até o bom churrasco. Um segundo programa, o “volumétrico”, prega a redução de calorias das refeições, mantendo o volume de alimentos ingeridos. Desenvolvido pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, valoriza ingredientes com fibras, caldos e frutas ricas em amido, como banana e manga, que proporcionam mais a sensação de saciedade, mas permite carboidratos, como macarrão e proteína animal.

    As duas modalidades — a flexitariana e a volumétrica — despontam com louvor, agora em 2020, em um ranking da revista americana US News, organizado desde 2010. Nele só aparecem dietas fáceis de seguir e com boas respostas. No topo da lista, praticamente imbatível, está a dieta mediterrânea, um tanto esquecida no Brasil, composta de alimentos típicos das regiões banhadas pelo Mar Mediterrâneo, como o sul da Europa. Inclui peixes, queijos, azeite de oliva e até mesmo pão e vinho. Ela faz perder peso mais lentamente, mas é unanimidade no quesito de controle da saúde. Desde a década de 80, inúmeras pesquisas comprovaram seu impacto no organismo, como a capacidade de prevenção contra diabetes, colesterol ruim, câncer e perda de memória. “Só emagrece e se mantém magro quem não exclui nenhum grupo alimentar”, diz o médico Antonio Carlos do Nascimento, da Sociedade Brasileira de Metabologia e Endocrinologia. Não há, enfim, alimento melhor (e mais gostoso) do que o bom senso.

    Publicado em VEJA de 11 de novembro de 2020, edição nº 2712

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.