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Covid-19: vacinados são menos de 1% dos mortos nos EUA em maio

Dados analisados pela Associated Press mostram que esse número poderia ser ainda menor se todos os elegíveis tomassem a vacina

Por Matheus Deccache Atualizado em 28 jun 2021, 16h06 - Publicado em 25 jun 2021, 17h46

Uma análise feita pela Associated Press mostrou que quase todas as mortes por Covid-19 nos Estados Unidos são de pessoas que não foram vacinadas. O levantamento diz ainda que se todos os elegíveis tomassem a vacina, o número de mortes por dia, que está abaixo de 300, poderia ser próximo de zero.  

A análise utilizou como base dados governamentais do mês de maio e mostrou que infecções em pessoas que receberam as duas doses da vacina correspondem a 1.200 das mais de 850 mil internações pela doença no país. O número corresponde a cerca de 0,1%. Além disso, das 18 mil mortes registradas no mês, cerca de 150 foram de pessoas totalmente vacinadas, o equivalente a 0,8%.  

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De acordo com a AP, os dados, que foram fornecidos pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), apresentam algumas limitações relacionadas à porcentagem de hospitalizações e mortes em pessoas totalmente vacinadas. Isso se dá pelo fato de apenas 45 dos 50 estados relatarem infecções de emergência, além de diferenças nas investigações entre eles.  

Ainda assim, os dados corroboram o que tem sido dito por especialistas e autoridades do país. No início de junho, Andy Slavitt, ex-conselheiro do governo de Joe Biden no combate ao coronavírus, sugeriu que 98% a 99% das mortes por Covid-19 no país são daqueles que não foram vacinados. 

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Já a diretora do CDC, Rochelle Walensky, afirmou na última terça-feira que a vacina é eficaz a ponto de evitar quase todas as mortes pela doença em todo o país, sendo essas “particularmente trágicas”. As mortes nos EUA despencaram de um pico de mais de 3.400 dias em média em meados de janeiro para 300.  

Mesmo com quase 40% da população americana adulta ainda não vacinada e com níveis de vacinação apresentando queda em relação a meses anteriores, cerca de 63% dos elegíveis para tomar o imunizante – aqueles acima de 12 anos — já receberam ao menos uma dose, e 53% estão completamente imunizados, de acordo com o CDC. 

Apesar da grande quantidade de vacina disponível, – a ponto de ser possível doar para outros países –, algumas pessoas ainda se recusam a receberem as doses, fator que pode representar um perigo na estabilização da doença nos EUA. No Arkansas, estado com uma das taxas de vacinação mais baixas do país, apenas 33% da população foi imunizada. Como consequência, o número de mortes, casos e internações está voltando a crescer. 

Segundo especialistas, o número de mortes evitáveis voltarão a crescer por conta daqueles que optam por não receber o imunizante, com estimativas apontando para 1000 óbitos diários no próximo ano. Até o momento cerca de 66% dos adultos americanos já receberam ao menos uma dose da vacina nos Estados Unidos. No dia 4 de maio, o presidente Joe Biden traçou uma meta de que essa porcentagem chegue até 70% até 4 de julho, dia da independência do país.  

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