A FDA, agência americana que regula medicamentos, aprovou nesta segunda-feira, 9, o uso emergencial de um novo tratamento contra a Covid-19. Trata-se de um anticorpo monoclonal produzido pela farmacêutica americana Eli Lilly. O produto é indicado para o tratamento de casos leves a moderados da Covid-19 em pacientes adultos e crianças a partir de 12 anos de idade, com risco de complicações ou formas da graves da doença.
Os anticorpos monoclonais são anticorpos produzidos em laboratório que imitam a capacidade do sistema imunológico de combater um invasor. “O bamlanivimab é um anticorpo monoclonal que é especificamente direcionado contra a proteína spike do SARS-CoV-2, projetado para bloquear a ligação do vírus e entrada em células humanas”, disse a FDA em comunicado.
O bamlanivimabe deve ser administrado o mais rápido possível após um teste positivo e dentro de um período de 10 dias após o desenvolvimento dos sintomas. O tratamento é semelhante ao utilizado no tratamento do presidente Donald Trump recebeu, feito pela empresa de biotecnologia Regeneron Westchester. A diferença é que enquanto o de Trump era composto por dois anticorpos, o da Eli Lilly consiste em um único e poderoso anticorpo neutralizante capaz de manter a infecção sob controle.
Estudos preliminares mostraram que seu uso é capaz de reduzir as visitas ao pronto-socorro e as hospitalizações em pacientes que tomam o medicamento no início do curso de sua doença. Por ser uma infusão, ele deve ser administrado em uma clínica ou hospital. A produção de anticorpos monoclonais é complexa e é difícil disponibiliza-lo em escala. Por isso, a dificuldade de acesso é um dos empecilhos e uma das críticas em relação a este tipo de tratamento. A Eli Lilly disse que espera ser capaz de atender um milhão de pacientes até o final do ano.
A Regeneron também solicitou à FDA autorização de uso de emergência. Este tipo de tratamento é considerado um dos mais promissores contra a doença.