Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Covid-19 continua sendo uma emergência global, diz OMS

Após reunião, entidade conclui que a pandemia não chegou ao fim e pede que países continuem com ações efetivas de combate ao vírus e suas variantes

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jan 2023, 09h48 - Publicado em 30 jan 2023, 09h36

Após reunião do Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional na sexta-feira 27, a Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que a Covid-19 continua sendo uma emergência global e que ainda não se pode declarar o fim da pandemia.

De acordo com a organização, mesmo que a crise sanitária passe por um momento de transição, ainda é “altamente improvável” erradicar o vírus. “Concordo com o conselho oferecido pelo Comitê de Emergência sobre a pandemia em curso e determino que a crise continue sendo a uma emergência de saúde pública de preocupação internacional”, declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, nesta segunda-feira 30.

Segundo o Comitê, que reuniu alguns dos principais especialistas do mundo, a crise sanitária ainda requer que os governos atuem com cuidado para mitigar as potenciais consequências negativas. “Enquanto o mundo está em melhor posição do que estava durante o pico da transmissão da ômicron há um ano atrás, mais de 170 mil mortes relacionadas à Covid-19 foram relatadas globalmente nas últimas oito semanas”, afirmou Ghebreyeus, em seu discurso, acrescentando que a resposta ao vírus continua insuficiente graças à incapacidade dos governos em “fornecer ferramentas para as populações mais carentes, idosos e profissionais da saúde”, os sistemas de saúde estarem “cuidando de pacientes com influenza e vírus respiratório, com falta de mão de obra de saúde e trabalhadores fatigados” e a vigilância e o sequenciamento genético terem diminuído ao redor do mundo, ficando assim, muito mais difícil rastrear e identificar novas variantes.

N conclusão da OMS, portanto, a pandemia da Covid-19 continua sendo uma emergência de risco global elevado, que sobrecarrega os sistemas de saúde. “A secretaria da OMS expressou preocupação com a contínua evolução do vírus no contexto da circulação descontrolada do SARS-CoV-2 e a significativa redução dos relatórios dos Estados-Membros sobre dados relacionados à morbidade, mortalidade, hospitalização e sequenciamento da Covid-19”, disse o diretor-geral.

Assim, a OMS apelou aos países para continuar com a coleta e repasse de dados de vigilância, cobertura vacinal e sequenciamento genômico; recomendar medidas sociais e de saúde pública direcionadas; vacinar populações de maior risco para mitigar o perigo de desenvolvimento de doenças graves e óbitos; reforçar a comunicação dos dados à OMS; além de outras medidas como manter a dinâmica de imunização para que a vacinação da Covid-19 atinja 100% de cobertura de grupos de risco; planejar a integração das vacinas contra a Covid-19 nos calendários e campanhas; reforçar a atenção para doenças infecciosas; melhorar o acesso às vacinas, diagnósticos e tratamentos da Covid-19; estar preparado para responder a novos surtos, com atenção especial à força de trabalho de saúde, prevenção e controle de infecções e financiamento para a preparação e resposta a vírus respiratórios e não respiratórios; combater a desinformação; implantar medidas sociais e de proteção efetivas, incluindo as relacionadas a viagens internacionais, com base na avaliação de risco; e apoiar a pesquisa de vacinas como forma de reduzir a transmissão.

Continua após a publicidade

Dados oficiais repassados ao Comitê dizer que globalmente foram administradas 13,1 bilhões de doses de vacinas contra a Covid-19, em que 89% dos profissionais da saúde e 81% dos adultos com 60 anos ou mais completaram o esquema vacinal com duas doses ou dose única. O que reforçou a conclusão dos especialistas sobre manter a emergência internacional já que pela adoção insuficientede vacinas em países de baixa e média renda, bem como nos grupos de maior risco em todo o mundo, o número de mortes continua muito alto, se comparado a outras doenças respiratórias.

Na avaliação da OMS, portanto, a Covid-19 continua sendo uma perigosa doença infecciosa com plena capacidade de causar danos significativos à saúde e aos sistemas de saúde. A melhor alternativa é a imunização. “Atingir níveis mais altos de imunidade da população globalmente, seja através de infecção e/ou vacinação, pode limitar o impacto do SARS-CoV-2 na morbidade e mortalidade, mas não há dúvidas de que este vírus permanecerá permanentemente estabelecido em humanos e animais no futuro”, afirmou Ghebreyesus, apontando para a necessidade de uma ação de saúde pública a longo prazo. “Embora a eliminação deste vírus seja altamente improvável, a mitigação de seu devastador impacto sobre a morbidade e mortalidade é atingível e deve continuar a ser uma prioridade”, completou.

O Comitê reconheceu, no entanto, que após três anos de pandemia, houve uma diminuição dos cuidados e da preocupação do público que levaram a uma importante redução do uso de medidas protetivas sociais e de saúde pública, tais como o relaxamento do uso de máscaras faciais e do distanciamento social. “A hesitação na vacinação e a constante disseminação de desinformação continuam a ser obstáculos extras para a implementação de intervenções essenciais à saúde pública”, concluiu a OMS. De acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), a estimativa de prejuízos financeiros relacionados à crise sanitária da Covid19 chega a US$ 13 trilhões.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.