Coronavírus: com UTI lotada, hospital Emílio Ribas receberá 20 leitos
Instituto de referência em infectologia chegou ao seu limite de atendimento na quarta-feira, 15
O governo do Estado de São Paulo informou nesta quinta-feira, 16, que abrirá novos leitos de UTI no Instituto Emílio Ribas, hospital de referência em infectologia. O local conta com 30 leitos de terapias intensivas e receberá mais dez na próxima semana, outros dez estão previstos para os próximos quinze dias. O local atingiu toda sua capacidade de atendimento na quarta-feira.
Na coletiva de imprensa, o diretor do centro de saúde, Luiz Carlos Pereira Jr., clamou que os paulistas fiquem em casa para evitar a lotação de outros hospitais. Atualmente, o estado de São Paulo tem 1.135 pacientes internados com Covid-19 em UTIs e mais outros 1.241 em enfermaria.
Para conter o grande fluxo de pessoas, a pasta de Saúde do governo do Estado informou que transformará uma AME — como são chamados hospitais públicos de atendimento ambulatoriais específicos — em um hospital de campanha. O local terá 25 leitos, dez deles de UTI, e deve começar a funcionar ainda neste mês. O mesmo será feito na unidade Barradas, localizada em Heliópolis. O centro de saúde abriga 170 leitos, 30 destes de UTI. O início de operação está previsto para 15 dias.
Atualização obrigatória
O prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas, anunciou que todos os hospitais privados e filantrópicos da cidade serão obrigados a informar quantos leitos de UTI fazem parte de sua capacidade. Além disso, devem informar diariamente quantos desses leitos estão ocupados. O mesmo já é feito por unidades públicas. O prefeito afirmou que a medida é para colaborar com a “transparência” dos processos realizados na capital paulista.
De acordo o secretário de Saúde Municipal, Edson Aparecido, cerca de 65% dos leitos de UTI na cidade estão ocupados. A maior pressão de ocupação ocorre na Zona Leste da cidade.
A administração municipal também criou um comitê para lidar com decisões de ordem funerária em relação aos óbitos em decorrência de Covid-19. Covas evocou os casos de corpos estirados no chão no Equador para explicar a necessidade de trabalho do grupo. O trabalho será focado em “agilizar processos e organizar a estrutura”, disse o prefeito.
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