Coreia do Norte tem 1,2 milhão de casos de Covid e OMS oferece ajuda
País registrou explosão de notificações em menos de uma semana e contabiliza 50 mortes
Menos de uma semana depois de anunciar as primeiras mortes por Covid-19, a Coreia do Norte enfrenta uma explosão da doença, tratada no país como uma “febre”, e contabiliza 1.213.550 casos e 50 mortes. Segundo a agência de notícias estatal KCNA, os registros tiveram início “no fim de abril”. Nesta segunda-feira, 16, quando foram anunciados 392.920 novos episódios e oito mortes nas últimas 48 horas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado oferecendo ajuda ao país, que, de acordo com a entidade, ainda não iniciou a vacinação da população.
A disseminação descontrolada da doença foi conhecida pelo mundo na semana passada a partir de um comunicado oficial sobre os primeiros casos, reflexo de um surto da variante de preocupação ômicron na capital Pyongyang. No dia seguinte, foi informado que uma febre de origem desconhecida “se espalhou por todo o país a partir do fim de abril”. A Coreia do Norte adotou bloqueios e profissionais de saúde estão recomendando quarentena para pessoas com sintomas.
A OMS informou que ofereceu ajuda ao país com suporte técnico para ampliação dos testes, gestão de casos, implementação de medidas sociais e de saúde pública, além de fornecimento de suprimentos médicos e remédios. No entanto, o enfrentamento à doença é prejudicado pelo fato de a população ainda não estar vacinada.
““Como o país ainda não iniciou a vacinação contra o Covid-19, existe o risco de o vírus se espalhar rapidamente entre as massas, a menos que seja reduzido com medidas imediatas e apropriadas”, afirmou, em comunicado, Poonam Khetrapal Singh, diretor regional da OMS no Sudeste Asiático.