Uma consulta pública para a incorporação pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de um teste para detecção do papilomavírus humano (HPV) antes do aparecimento de células cancerígenas entrou nesta semana na reta final e interessados terão até a próxima quarta-feira, 17, para fazer contribuições. O vírus está relacionado a casos de câncer do colo do útero, doença que, em 2020, teve 600 mil novos casos e levou a 340 mil mortes em todo o mundo. O link está aqui.
O exame, que já recebeu parecer preliminar favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), é baseado em DNA e utiliza uma análise de biologia molecular por PCR (reação em cadeia de polimerase) para detectar, de forma automatizada, a infecção pelo vírus de forma precoce. Assim, é possível apontar o risco de evolução para câncer em pacientes com útero.
O teste molecular, segundo evidências científicas, tem se mostrando como uma das formas mais eficientes para identificar lesões precursoras do câncer do colo de útero e esse tipo de rastreamento pode levar à redução tanto de novos casos quanto das mortes pela doença. Isso porque o diagnóstico precoce está ligado ao aumento da possibilidade de cura.
“(A empresa) possui esse teste inovador e acredita que nenhuma mulher deve morrer mais de câncer de colo de útero. Temos trabalhado com o compromisso de buscar alternativas para ampliar o acesso da população brasileira a soluções de saúde inovadoras e que atendam às suas necessidades”, disse, em nota, Carlos Martins, presidente da Roche Diagnóstica no Brasil.
Câncer do colo de útero
Causado pela infecção por via sexual por tipos de HPV com potencial oncogênico, o câncer de colo de útero é o terceiro mais comum entre mulheres. Em pacientes que vivem com o HIV, a possibilidade de desenvolver tumores é até cinco vezes maior.
Além dos exames periódicos, a principal forma de prevenir as infecções pelo vírus é por meio da vacinação. No SUS, as doses estão disponíveis gratuitamente para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos de idade, pacientes oncológicos, vítimas de violência sexual de 9 a 45 anos de idade e pessoas imunossuprimidas, como quem vive com HIV ou aids e transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea.