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Cirurgia bariátrica deve priorizar diabéticos — e não apenas obesos

Um novo estudo mostrou que o procedimento é efetivo para os pacientes com diabetes tipo 2 tanto sob ponto de vista clínico quanto econômico -- os portadores da doença que se submetem à cirurgia reduzem os gastos com medicamentos e atendimento médico em até 30%.

Por Giulia Vidale
21 set 2015, 14h51

Pacientes obesos e diabéticos deveriam ter prioridade na indicação da cirurgia bariátrica metabólica. É o que diz um estudo publicado recentemente no periódico científico The Lancet. De acordo com os pesquisadores, a priorização deste grupo é importante tanto do ponto de vista clínico quanto econômico. Os resultados do estudo mostraram que os pacientes que realizaram a cirurgia tiveram uma redução nos gastos com medicamentos e atendimento médico em torno de 30%.

O trabalho foi realizado com cerca de quatro mil pacientes do sistema de saúde sueco que foram acompanhados por 15 anos. Destes, uma parte foi submetida à cirurgia bariátrica e metabólica e a outra continuou a ser tratada clinicamente, apenas com remédios e outras terapias.

Após os 15 anos de acompanhamento, o estudo concluiu que, entre os pacientes operados, a economia com os diabéticos foi maior, quando comparados aos pré-diabéticos e aqueles com glicemia normal. “O estudo SOS vai além ao dizer que entre os pacientes diabéticos indicados para a cirurgia, deve-se priorizar aqueles com até um ano de diagnóstico da doença”, afirma Ricardo Cohen, cirurgião-geral e diretor do Centro de Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

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De acordo com o cirurgião, este estudo é um dos mais importantes realizados até então, pois é o primeiro que prova que a cirurgia não é só efetiva em longo prazo, mas também traz um impacto econômico significativo para os pacientes e para o sistema de saúde.

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Para ser considerada obesa, uma pessoa deve ter um índice de massa corporal (IMC) igual ou acima de30. No entanto, as diretrizes atuais indicam a cirurgia bariátrica apenas para pacientes com IMC acima de 35. “O que estamos tentando fazer é mudar essa diretriz, pois pacientes com um IMC mais baixo e com diabetes podem se beneficiar muito com a cirurgia. Este estudo junta-se a outras pesquisas no Brasil e no mundo ao concluir que, no tratamento cirúrgico, tão ou mais importante que perder peso é controlar as doenças associadas, em especial o diabetes, que está relacionada a riscos cardiovasculares e de mortalidade”, afirma Cohen.

Cirurgia bariátrica – Em editorial que acompanha o estudo, no periódico The Lancet, o cirurgião define a a cirurgia bariátrica como qualquer intervenção no trato gastrointestinal, principalmente aquelas que redirecionam a passagem de alimentos.

No caso da cirurgia conhecida como by-pass gástrico, o estômago do paciente, que normalmente possui o tamanho de uma bola de futebol, é reduzido para o equivalente a uma bola de golfe. Esse estômago menor também é ligado diretamente ao intestino delgado, limitando a absorção de calorias. Já no caso da banda gástrica ajustável, uma prótese de silicone é colocada na parte de cima do estômago, que faz os pacientes sentirem-se saciados mais rapidamente.

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