Pesquisadores da Fiocruz Minas e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que trabalham no desenvolvimento da SpiN-Tec, vacina contra a Covid-19, pediram autorização para a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária para começar os testes do imunizante em seres humanos. Segundo Ricardo Gazzinelli, coordenador do estudo, a ideia é que a vacina funcione como dose de reforço, já que a maior parte da população terá sido vacinada em 2022, quando a SpiN-TEC poderá estar disponível. “Nosso pedido à Anvisa é para testarmos a capacidade de resposta em relação a esse reforço”, explica.
Inicialmente, os testes serão feitos com pessoas que tenham recebido as duas doses da CoronaVac há pelo menos seis meses. Nas fases pré-clínicas, os resultados foram positivos em relação à segurança e capacidade de induzir a produção de anticorpos contra o vírus. “Não foi observado nenhum efeito colateral no local da aplicação ou alterações sistêmicas, como perda de peso ou mudança de temperatura”, completa Gazzinelli.
Outra expectativa dos pesquisadores é que a SpiN-TEC possa proteger contra as variantes do coronavírus graças sua capacidade de atuação sobre duas proteínas virais em vez de uma, como atuam as outras vacinas.