Todos os anos, a revista americana Newsweek, em parceria com a empresa global de pesquisa de mercado Statisa, elege os melhores hospitais em geral e os melhores hospitais especializados do mundo. Em 2021, o Centro de Oncologia e Hematologia Einstein Família Dayan – Daycoval, do Hospital Albert Einstein, ficou em primeiro lugar entre os hospitais da América Latina e em 21º lugar no ranking mundial de melhores hospitais oncológicos.
“Essa é uma das mais respeitadas classificações existentes hoje em termos de avaliação de serviços hospitalares e a posição do nosso hospital é única e muito meritosa. Não só na classificação na América Latina, em outros quesitos ficamos à frente de centros tradicionalíssimos, como o Massachusetts General Hospital, em Boston, que pertence ao complexo de Harvard, dentre outros centros americanos e europeus muito respeitados”, diz a VEJA o oncologista Fernando Maluf, um dos mais respeitados no Brasil, membro do comitê gestor do centro oncológico do Einstein e fundador do Instituto Vencer o Câncer.
Os diferenciais por trás dessa classificação incluem um corpo clínico bem selecionado – cerca de 80% a 90% dos profissionais foram formados nos melhores centros europeus e americanos; atendimento integrado – todos os novos casos são discutidos em reuniões com especialistas de áreas distintas, incluindo cirurgia, oncologia clínica e radioterapia; padronização das formas de tratamento; investimento em medicina de precisão e terapia celular; pesquisa clínica com certificação internacional; ensino – por meio da participação e organização de congressos e eventos médicos, a faculdade de medicina e publicações científicas; estrutura hospitalar impecável e vasta experiência em tratamentos minimamente invasivos inovadores, incluindo cirurgia robótica.
O Centro de Oncologia do Einstein existe desde 2013 e foi construído com base em uma consultoria de uma década do MD Anderson Cancer Center, nos Estados Unidos, eleito o melhor hospital oncológico do mundo. A parceria, oficializada em 2012, previa a transferência de todo o conhecimento no tratamento oncológico da instituição americana, com enfoque em atendimento ao paciente, pesquisa, educação e prevenção.
Outros aspectos que refletem a boa classificação do hospital brasileiro, segundo o diretor médico do centro de oncologia e hematologia Einstein, o cirurgião Sergio Araujo, são as terapias de suporte durante o tratamento e os cuidados paliativos, para proporcionar uma melhor qualidade de vida quando a cura não é mais possível. “Em concomitância ao tratamento anticâncer, há a necessidade de realizar outros tratamentos, como avaliação psicológica, nutricional, física, odontológica. Essas áreas se agrupam sob o guarda chuva das terapias de suporte e ocorrem paralelamente ao tratamento oncológico. Deixar de cuidar dessa integralidade do paciente leva a piores resultados oncológicos e essas terapias têm um nível de excelência muito alto aqui no Einstein”, afirma Araujo.
Outros centros de referência brasileiros também integraram a lista, como o Hospital Sírio Libanês, classificado na 28ª posição entre os melhores hospitais oncológicos do mundo, o A.C. Camargo Câncer Center (30º lugar) e a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Outras classificações
O Einstein também se destacou na lista dos melhores hospitais de outras especialidades. O departamento de cardiologia ficou em primeiro lugar entre os hospitais privados da região, nas áreas de gastroenterologia e ortopedia, o hospital obteve a primeira colocação na América Latina e ficou entre as 100 melhores do mundo nas áreas de neurologia e endocrinologia.
No ranking geral, ficou em 36º lugar. Na pesquisa feita em 21 países, foi o único da América Latina a ser mencionado entre os 50 primeiros. “Com essa classificação, nós ultrapassamos fronteiras, porque esse reconhecimento está sendo feito pela comunidade médica internacional.”, comemora Sidney Klajner, presidente do Albert Einstein.
O hospital tem parcerias com 27 unidades de saúde SUS, entre elas dois hospitais: o Hospital Municipal M´Boi Mirim e o Hospital Municipal Vila Santa Catarina, ambos em São Paulo. “A pandemia acabou representando uma oportunidade da execução da nossa missão em responsabilidade social e retorno à sociedade quando a crise é sanitária”, diz Klajner.
O ranking Os melhores hospitais do mundo avalia hospitais de 21 países, em quatro continentes. Além do Brasil, participam da seleção: Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Espanha, Suíça, Holanda, Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Israel, Coreia do Sul, Japão, Cingapura, Índia, Tailândia e Austrália. Os parâmetros avaliados incluem recomendações de profissionais de saúde, resultados de pesquisas com pacientes e indicadores-chave de desempenho médico.