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Casos de sarampo poderão dobrar em países afetados pelo ebola

Crise causada pela epidemia de ebola na Guiné, Serra Leoa e Libéria reduziu a vacinação de crianças contra o sarampo

Por Da Redação
13 mar 2015, 16h52
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  • O número de mortes por sarampo poderá dobrar até o meio do ano nos países africanos que têm sofrido com a epidemia do ebola, de acordo com um estudo publicado na quinta-feira na revista Science. Com o estrago causado pelo ebola nos sistemas públicos de saúde da Libéria, Guiné e Serra Leoa, explicam os cientistas, desabou o índice de vacinação de crianças contra o sarampo, o que poderá desencadear um surto da doença nesses países. A estimativa é de que a vacinação contra o sarampo tenha caído 75% em toda a África Ocidental, onde ficam os países afetados pelo ebola.

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    Segundo os autores do estudo, é comum que crises humanitárias sejam seguidas de surtos de sarampo. Eles afirmam que já há uma epidemia da doença na região endêmica do ebola mas, com a saúde pública devastada, a interrupção dos programas de imunização infantil poderá provocar uma explosão dos casos. Durante a epidemia do ebola, vários hospitais e clínicas foram fechados ou ficaram desertos em decorrência da aversão pública por locais potencialmente contaminados.

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    No início da epidemia do ebola, no começo de 2014, foram registrados 127.000 casos de sarampo nos três países. A previsão é de que, dezoito meses depois, esse número aumente para algo entre 153.000 e 321.000. Os pesquisadores alertam, no artigo, que isso deverá provocar entre 5.000 e 16.000 mortes adicionais relacionadas ao sarampo. O ebola já matou cerca de 10.000 pessoas e infectou cerca de 24.000.

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    Os cientistas, de universidade britânicas e americanas, usaram técnicas de modelagem matemática para prever a provável taxa de alastramento do sarampo, levando em conta fatores como índice de natalidade e suscetibilidade à infecção.

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    Sem vacina – Partindo da estimativa de que o índice de vacinação tenha caído 75%, os autores calcularam que, dezoito meses após o colapso na assistência médica, 1,1 milhão de crianças entre 9 meses e 5 anos ficarão sem vacina. Antes da crise, cerca de 778.000 crianças eram excluídas da vacinação. Os dados apontam que, a cada mês da epidemia de ebola, em média 19.500 meninos e meninas a mais ficaram sem vacina, à medida que o sistema de saúde se degradava. Por isso, pedem um agressivo programa regional de vacinação, assim que a ameaça do ebola começar a regredir.

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    Além do sarampo, os cientistas estão preocupados com outras doenças cuja vacinação teve sua distribuição limitada por causa do ebola, como meningite, tuberculose e pólio. Houve também impactos negativos em intervenções contra a malária e o HIV.

    (Com Estadão Conteúdo)

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