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Caminhadas curtas são benéficas para a memória, aponta estudo

Apenas 10 minutos de exercício leve por dia podem melhorar a capacidade de armazenamento de recordações

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 17h05 - Publicado em 25 set 2018, 17h09
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  • A prática da atividade física já é conhecida por trazer uma série de benefícios para a saúde. Agora, cientistas americanos e japoneses descobriram que apenas dez minutos diários de exercício leve são suficientes para melhorar a capacidade de armazenamento e recordação de memórias. 

    O estudo, publicado na segunda-feira 24 na revista Proceedings of National Academy of Sciences (PNAS), revelou que atividades como caminhada, ioga ou tai chi estimulam a conectividade cerebral e impulsionam partes do cérebro responsáveis pela formação e armazenamento de lembranças. A descoberta oferece uma nova alternativa simples e eficaz de retardar — ou mesmo impedir — o declínio cognitivo.

    De acordo com os pesquisadores, a frequência e a quantidade exata de exercício dependem de alguns fatores relevantes, como idade, nível de mobilidade, incapacidade potencial e questões associadas ao estilo de vida. Mas, no geral, uma caminhada à noite, por exemplo, é uma ótima opção.

    O estudo

    Para compreender como a prática de exercício físico está associada à memória, os pesquisadores monitoraram a atividade cerebral de 36 participantes, com cerca de 20 anos de idade, depois que alguns deles se exercitaram por dez minutos — momento que o pico de consumo de oxigênio está em 30%. O monitoramento também foi realizado nos indivíduos que não realizaram a tarefa, sendo repetido em alguns voluntários para conferir os resultados.

    O teste de memória foi realizado por uma apresentação de imagens cotidianas aos participantes, que mais tarde eram testados para verificar o quão bem eles se lembravam do que haviam visto. “A tarefa de memória realmente foi bastante desafiadora. Usamos itens semelhantes muito complicados para ver se eles se lembrariam exatamente se a cesta de piquenique era a mesma ou era outra”, esclareceu Michael Yassa, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, ao The Guardian

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    A observação mostrou que as pessoas que se exercitaram foram melhores em separar ou distinguir as diferentes memórias. A explicação: o cérebro apresentou uma comunicação aprimorada entre o hipocampo (área responsável pelo armazenamento das lembranças) e as regiões corticais, associadas à função de recordar memórias. Além de analisar a capacidade de recordação, os pesquisadores verificaram que houve mudanças benéficas no humor dos participantes.

    Os resultados do estudo impactaram até mesmo a rotina dos pesquisadores. “Eu tento fazer reuniões enquanto caminho e todos nós tentamos nos levantar a cada duas horas e dar uma boa caminhada de dez minutos. Com base em minha experiência, não apenas o grupo é mais produtivo, mas estamos mais felizes”, revelou Yassa.

    Terceira idade

    Segundo Michelle Voss, da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, as regiões do cérebro envolvidas na pesquisa também desempenham papel no declínio da memória — problema comum ao envelhecimento. “Seria realmente emocionante ver esse tipo de experiência em adultos mais velhos”, comentou.

    A equipe agora pretende analisar os efeitos prolongados do exercício leve em pessoas mais velhas que praticam atividade física por longos períodos de tempo. O objetivo é tentar prescrever um regime de exercícios específicos para idosos com deficiência e problemas de mobilidade e, assim, ajudá-los a evitar o declínio cognitivo. 

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