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Brasileiro cresceu, mas continua com estatura baixa

Segundo um novo estudo, o homem brasileiro tem, em média, 1,73 m, e a mulher, 1,60 m. Os homens holandeses, por exemplo, medem 1,82 m

Por Da redação
Atualizado em 26 jul 2016, 16h25 - Publicado em 26 jul 2016, 15h55

Em 100 anos, entre 1914 e 2014, o brasileiro cresceu 8,6 cm, mas continua baixinho em relação às outras nacionalidades. De acordo com uma pesquisa publicada nesta terça-feira, na revista científica eLife, o homem brasileiro tem, em média, 1,73 m, e a mulher, 1,60 m. Essas medidas colocam o Brasil na 68ª posição para homens – acima de Portugal, México e Chile, e abaixo de Romênia, Argentina e Jamaica – e na 71ª para mulheres, à frente da Turquia, Argentina e China, mas atrás da Espanha, Israel e Inglaterra. 

A pesquisa, que mapeou as tendências de crescimento durante um século em 187 países, foi chamada “Um Século de Tendências na Altura Humana” e é resultado do trabalho de mais de 800 cientistas em associação com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para chegar a essas conclusões, o grupo se baseou em quase 1500 fontes, que incluíram dados militares, estudos governamentais sobre saúde e mudanças do modelo na altura das jovens com 18 anos.

Os resultados mostraram que não foi só o brasileiro que cresceu. Em geral, homens e mulheres ficaram mais altos no último século. O homem do Irã e a mulher da Coreia do Sul registraram o maior salto na altura, crescendo uma média de 16 cm e 20 cm, respectivamente. Em relação à primeira posição do ranking, enquanto em 1914 ela era ocupada em ambos os sexos pela Suécia, atualmente o topo masculino é da Holanda, com o homem medindo 1,83 m. No caso do feminino, é a Letônia, cuja altura média da mulher atinge 1,70 m.

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Por outro lado, o Timor Leste possui os homens mais baixo, com uma altura de 1,60 m, e a Guatemala a mulher mais baixa, que não chega nem a 1,50 m. A diferença é que em 1914, a altura média da guatemalteca era de 1,40 m.

De acordo com Elio Riboli, pesquisador do Imperial College London, na Inglaterra, e coautor do estudo, os centímetros extras trazem diversas vantagens evolutivas. “A boa notícia é que ser mais alto está associado a um aumento na expectativa de vida. Isso acontece principalmente porque pessoas mais alta correm menos risco de morte por doenças cardiovasculares”, explica Riboli.

Por outro lado, essas pessoas correm um maior risco de desenvolver alguns tipos de tumores, como câncer colorretal, de mama e de ovário.“Uma hipótese é que fatores de crescimento possam promover mutações em células”, afirmou Elio Riboli, outro coautor do estudo.

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Embora os países europeus dominem as dez primeiras posições do ranking , os dados sugerem que as tendências de crescimento se estabilizaram no Ocidente. Nos Estados Unidos, a altura dos cidadãos começou a atingir um limite entre 1960 e 1970. Já o leste da Ásia registrou os maiores crescimentos – pessoas no Japão, China e Coreia do Sul são bem mais altas hoje do que há 100 anos.

“Ao longo de 100 anos de análise, as populações do sul da Ásia (como Índia, Paquistão e Bangladesh) e da África subsaariana não cresceram muito em altura. O aumento  ficou entre 1 cm a 6 cm nessas regiões”, disse James Bentham, do Imperial College de Londres e coautor do estudo.

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Fatores ambientais como saneamento básico e uma melhor nutrição são determinantes para o aumento da altura. Além disso, a saúde da mulher durante a gravidez também tem forte influência, segundo afirmou Makid Ezzati à rede britânica BBC.

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