Dois casos suspeitos de varíola dos macacos (monkeypox, em inglês), zoonose viral capaz de infectar humanos, estão sendo investigados no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, os episódios em análise foram registrados nos estados de Santa Catarina e Ceará. Até o momento, o país não tem casos confirmados.
Em nota, a pasta informou que está em contato com os dois estados “para apoiar no monitoramento e ações de vigilância em saúde”. No último dia 23, o ministério implementou uma Sala de Situação para monitorar o cenário da doença no país. “A medida tem como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico para a doença”, informou, na ocasião. Além disso, todos os estados receberam orientações e informações disponíveis sobre a enfermidade.
Neste domingo, 29, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que 257 casos da doença foram confirmados em 23 países não endêmicos. Ainda segundo o levantamento, as notificações são de pessoas que não viajaram para a África central e ocidental, onde a infecção é endêmica, e há 120 registros suspeitos.
Descoberta em 1958, a varíola dos macacos circula principalmente entre roedores e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados pelos roedores. Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. A doença é endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.