BBB15: pelas contas da tabelinha, Talita poderia estar grávida
A tabelinha, método contraceptivo utilizado pela participante, é considerado o menos seguro de todos
Na segunda-feira, a participante do BBB15 Talita recebeu da produção do programa a pílula do dia seguinte, solicitada à equipe do reality show no último sábado. Esta foi a segunda vez em duas semanas que a aeromoça tomou o remédio, após fazer sexo sem preservativo nem uso de anticoncepcional com seu namorado, o estudante de administração Rafael. Adepta da tabelinha, Talita acredita não estar grávida, por ter tido relação fora do período fértil, mas achou melhor prevenir uma gravidez indesejada.
De acordo com o ginecologista e obstetra Jurandir Passos, do laboratório Delboni Medicina Diagnóstica, a tabelinha é o método contraceptivo menos seguro de todos. Ele explica que o período fértil corresponde à ovulação da mulher. Dura 24 horas e geralmente ocorre catorze dias antes da próxima menstruação. Ou seja, em um ciclo regular de 28 dias, o período fértil seria exatamente na metade, lembrando que a conta começa no primeiro dia da menstruação. “O problema é que a maioria das mulheres não tem um ciclo de 28 dias”, diz Passos. “Mesmo aquelas que possuem ciclos regulares podem sofrer variações esporádicas devido a stress ou outros fatores.” São considerados normais ciclos de 25 a 35 dias.
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Talita contou à auxiliar de enfermagem Angélica que seu último ciclo menstrual teve início em 10 de fevereiro. A pílula do dia seguinte foi fornecida pela produção do BBB no 13.º dia do ciclo. A aeromoça provavelmente não estava no período fértil, mas em teoria é possível que tenha engravidado: o espermatozoide resiste até 72 horas no corpo da mulher, de modo que a concepção pode ocorrer se houver relações sexuais desprotegidas até três dias antes do início do período fértil.
Pílula do dia seguinte – Outro ponto que pode contribuir para uma possível gravidez é o fato de Talita ter recebido a pílula do dia seguinte dois dias depois de ter solicitado o remédio à equipe do reality show. O medicamento pode ser ingerido até 72 horas após a relação sexual, mas sua eficácia cai quanto mais a mulher demora a tomá-lo. “A recomendação é que ela seja tomada o quanto antes”, afirma Passos.
A base do remédio é a progesterona, um hormônio que torna o útero um lugar inóspito para a fixação de um novo embrião. Se a mulher já estiver grávida, a pílula não terá efeito. Também é importante lembrar que o método é considerado de emergência e sua dose hormonal é muito maior do que os não-emergenciais, a exemplo do anticoncepcional. Seus efeitos colaterais incluem náusea, vômito, diarreia, cólica, dor de cabeça e irregularidade no ciclo menstrual, como atrasos ou adiantamento da menstruação, sangramentos longos ou constantes.
(Da redação de VEJA.com)