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Bactéria aumenta mortalidade em crianças com H1N1

Crianças coinfectadas com a bactéria conhecida por MRSA tinham oito vezes mais chances de morrer por complicações da gripe A

Por Da Redação
7 nov 2011, 11h17

As crianças infectadas com o vírus H1N1, que causou uma pandemia de gripe em 2009, tinham oito vezes mais chances de morrer se já estivessem coinfectadas com uma bactéria conhecida como Staphylococcus aureus, resistente à metilicina (MRSA). É o que mostra um estudo publicado nesta segunda-feira pelo periódico científico Pediatrics.

Durante a pandemia, um grande número de crianças que anteriormente se encontravam em bom estado de saúde desenvolveram uma pneumonia grave e sofreram deficiências respiratórias. O estudo, considerado o mais extenso já realizado sobre este tema nos Estados Unidos, mostra que uma coinfecção com MRSA é um fator determinante para aumentar o risco de mortalidade entre as crianças com gripe.

Estudo – Os pesquisadores seguiram a evolução de 838 crianças, provavelmente infectadas com H1N1, levadas para 35 serviços de emergência de hospitais pediátricos dos Estados Unidos entre abril de 2009 e abril de 2010. Os médicos que as trataram não puderam saber em todos os casos se elas foram vacinadas ou não, mas a vacina não esteve disponível até setembro de 2009.

A idade média das crianças gravemente doentes com H1N1 era de seis anos. A maior parte sofria com dificuldades respiratórias e para dois terços delas os médicos precisaram empregar respiração com aparelhos. Suas doenças tiveram uma rápida progressão e 75 delas (9%) morreram, dois terços das quais nas duas semanas posteriores à entrada no hospital.

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Embora a maioria das crianças gravemente doentes com a gripe H1N1 sofresse anteriormente de um ou de vários problemas de saúde crônicos, que aumentaram o risco, como asma ou debilidade do sistema imunológico, 251 das analisadas (30% do total) estavam em perfeito estado de saúde, indicaram os pesquisadores.

Tratamento e prevenção – Os pesquisadores detectaram que quase todos os menores coinfectados do estudo também foram rapidamente tratados com vancomicina, considerada o antibiótico perfeito contra os MRSA. O fato de que vários destes menores doentes faleceram, apesar do tratamento, é particularmente inquietante, diante do crescimento das taxas de infecção entre as crianças em comparação com a população geral.

“Há um risco maior de que os Staphylococcus aureos se tornem invasivos no organismo na presença do vírus H1N1 da gripe ou de outros patogênicos”, destacou a médica Adrianne Randolph, do hospital infantil de Boston, principal autora do estudo. “Essas mortes entre crianças coinfectadas são uma advertência”, acrescentou.

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“O vírus H1N1 de 2009 não mudou de forma notável desde então”, afirmou um dos principais coautores do estudo, o médico Tim Uyeki, do Centro Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

De acordo com os especialistas, os resultados do trabalho poderão incentivar a vacinação contra a gripe para todos as crianças a partir de seis meses até seis anos de vida. Não existe uma vacina antigripal para os menores de seis meses ainda, segundo ressaltaram.

(Com agência France-Presse)

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