Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Avanço do Zika e da microcefalia assustam o mundo em 2016

Apesar dos avanços para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus, a expectativa mais otimista é apenas para 2018

Por Da redação
30 dez 2016, 07h51

O aumento de casos de microcefalia possivelmente associados à infecção por um vírus ainda pouco conhecido foi identificado pela primeira vez no Brasil em outubro do ano passado. Em 2016, porém, ano em que a relação entre o Zika e a microcefalia deixou de ser dúvida, o número de bebês com a malformação no país ultrapassou a marca de 2.000.

O problema antes aparentemente limitado à região nordeste se alastrou pelo restante do país, atingindo também outras nações e, virtualmente, todo continente americano. O cenário levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a recomendar que as mulheres adiassem planos de gestação e a declarar, em fevereiro de 2016, emergência global em saúde.

A preocupação aumentou em meio a pesquisas que indicam que os efeitos do vírus no bebê podem ir além do quadro de microcefalia – incluindo diversos comprometimentos motores, visuais e auditivos. Em novembro, o Ministério da Saúde anunciou que bebês de mães infectadas durante a gravidez, ainda que não apresentem sintomas no nascimento, serão acompanhados até os 3 anos de idade.

Transmissão sexual

Em fevereiro, os Estados Unidos confirmaram que o vírus também pode ser transmitido sexualmente, aumentando o temor de uma propagação rápida da doença. Conter novos casos de transmissão de Zika por via sexual passou a entrar no rol de esforços da OMS e de governos de todo o mundo para conter a epidemia.

Continua após a publicidade

A entidade chegou a alertar que a epidemia de Zika poderia afetar entre 3 e 4 milhões de pessoas em todo o continente americano. Brasil e a Colômbia foram os países onde mais ocorreram registros de casos de infecção ou suspeita.

Olimpíadas do Rio

A epidemia do vírus também preocupou autoridades e organizadores envolvidos nos Jogos Olímpicos Rio 2016. O governo brasileiro chegou a enviar cartas a todos os atletas que anunciaram publicamente a não participação dos Jogos temendo o Zika, pedindo que reconsiderassem vir ao país para participar da competição.

Continua após a publicidade

Após a polêmica, a OMS divulgou nota garantindo que não foram relatados casos confirmados da doença entre participantes do evento, tanto atletas quanto turistas. O Comitê de Emergência sobre Zika e Microcefalia da entidade parabenizou o Brasil pelas medidas de saúde tomadas durante a Olimpíada.

Vacina

Em 2016, o desenvolvimento de vacinas contra o Zika avançou consideravelmente, incluindo testes conduzidos por pelo menos três instituições brasileiras – Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Butantã e Instituto Evandro Chagas. Ainda assim, a expectativa mais otimista é que a dose só chegue ao mercado em 2018. Até lá, a principal estratégia de prevenção defendida pelo governo federal continua a ser o combate ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti.

A OMS orienta ainda que mulheres grávidas utilizem repelentes, optem por roupas leves e de cor clara, que cubram braços e pernas, e não abram mão do preservativo, no intuito de evitar uma possível transmissão sexual do vírus.

Continua após a publicidade

(Com Agência Brasil)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.