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AstraZeneca: Spray nasal contra a Covid-19 falha em primeira fase

Imunizante intranasal de Oxford não gerou resposta imune suficiente

Por Diego Alejandro
Atualizado em 11 out 2022, 16h17 - Publicado em 11 out 2022, 16h05
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  • A distribuição de mais uma vacina intranasal contra a Covid-19 foi adiada após resultados negativos na primeira fase do estudo clinico com o imunizante criado pela parceria entre a Universidade de Oxford e a AstraZeneca.

    Os pesquisadores da instituição de ensino, em comunicado divulgado nesta terça, 11, declararam que o spray baseado no vetor de adenovírus gerou respostas imunes mais fracas e em menos pessoas em comparação à versão injetável. A conclusão, portanto, foi a de que a vacina não fornece proteção suficiente. 

    “Uma possibilidade é simplesmente o fato de que a maior parte da vacina em spray nasal acabe sendo engolida e destruída no estômago”, disse Sandy Douglas, investigador-chefe do estudo no Jenner Institute de Oxford. “A entrega de vacinas no nariz e nos pulmões continua sendo uma abordagem promissora, mas este trabalho sugere que provavelmente haverá desafios em tornar os sprays nasais uma opção confiável”.

    Na investigação, foi testada a eficácia da versão em spray da vacina cuja fórmula já é usada em forma intramuscular. Nesse caso, o imunizante é administrado por meio de um dispositivo simples que pulveriza gotículas no nariz. O teste envolveu trinta pessoas que não haviam sido vacinadas anteriormente contra a Covid e mais doze que receberam o spray como reforço. Nenhum evento adverso grave ou preocupações de segurança foram relatados durante o estudo.

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    As descobertas da AstraZeneca são um contraste com o que tem sido visto. Recentemente, houve aprovação da China e da Índia a duas novas vacinas nasais contra a Covid. O imunizante da CanSino Biologics, farmacêutica chinesa, é administrado através de um nebulizador que transforma a vacina líquida em uma névoa. Já a criação indiana, desenvolvida pela Bharat Biotech, é uma vacinação de duas doses ministrada por meio de gotas no nariz.

    Douglas também disse que o spray nasal de Oxford é semelhante ao imunizante da Índia e uma alternativa ideal à versão chinesa, pois utiliza um dispositivo mais simples.

    “Precisamos urgentemente de mais pesquisas para desenvolver vacinas que possam bloquear a transmissão de vírus pandêmicos respiratórios usando rotas de entrega seguras e práticas em grande escala”, concluiu o cientista.

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