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As vacinas contra Covid-19 funcionam, mas ainda é possível se infectar

Casos graves e mortes pela doença em pessoas totalmente imunizadas são raros, mas não impossíveis; isso vale para todos as vacinas

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 ago 2021, 20h21 - Publicado em 12 ago 2021, 19h52

A morte do ator Tarcísio Meira em decorrência de complicações da Covid-19 mesmo após estar totalmente imunizado gera preocupação sobre a proteção das vacinas, em especial a CoronaVac. O ator e sua esposa, a atriz Glória Menezes, contraíram a doença meses após terem recebido a segunda dose. O caso é raro, mas não isolado. Existem relatos de pessoas que foram infectadas após receberem a primeira – mais comuns – e também a segunda dose. A maior parte dos casos da doença em pessoas totalmente imunizadas é leve. Quadros graves e mortes são raros, mas podem acontecer.

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“As vacinas não impedem totalmente do individuo se infectar e transmitir a doença. A vacina protege muito bem contra casos graves, protege bem contra casos moderados, protege mais ou menos contra casos leves e protege pouco contra transmissão. Quanto mais leve o desfecho, menor a eficácia da vacina”, explica o pediatra e infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunização (Sbim).

A proteção das vacinas na prevenção da Covid-19 foi comprovada por meio de rigorosos testes clínicos e também por estudos realizados no mundo todo após o início das campanhas de imunização. Mas, por mais alta que seja a eficácia, nenhuma vacina protege 100%.

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Os escapes vacinais, também chamados de breakthrough infections, existem em todos os imunizantes. A vacina da febre amarela, por exemplo, considerada uma das mais eficazes do mundo, oferece 99% de proteção depois de 30 dias da aplicação, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacina do sarampo falha em 3% das pessoas que são expostas ao vírus.

A alta circulação do vírus aumenta a probabilidade de pessoas vacinadas se infectarem. Atualmente, surtos de febre amarela, sarampo ou pólio são raros não por essas vacinas são muito eficazes, mas também porque raramente as pessoas vacinadas tem contato com pessoas infectadas. Em cenários de alta circulação do vírus, isso pode acontecer. Basta lembrar dos recentes surtos de sarampo e febre amarela no Brasil.

Em todos esses casos, a infecção não significa que as vacinas são ineficazes. Pelo contrário, já que a grande maioria deles é assintomático ou leve. No entanto, tanto na Covid-19 quanto nas outras doença, uma pequena porcentagem de pessoas vacinadas ainda irá desenvolver formas graves da doença. Isso pode ocorrer devido a uma falha no próprio sistema imunológico das pessoas. Sabe-se que idosos, por exemplo, ou pessoas imunodeprimidas, respondem pior às vacinas e têm mais dificuldade para gerar uma resposta imune. Por isso é tão importante a realização de testes clínicos nestes públicos.

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Além disso, ainda não se sabe qual é a duração da proteção conferida pelas vacinadas. Alguns estudos indicam manutenção de altos níveis de anticorpos por pelo menos um ano, enquanto outros sugerem que o nível destas substâncias começa a diminuir após seis meses. Por isso, estão em andamento avaliações sobre a necessidade de uma terceira dose, em especial em pessoas que já tem um sistema imunológico enfraquecido.

A mensagem mais importante de tudo isso é que mesmo pessoas totalmente vacinadas devem manter as medidas não farmacológicas de proteção, como uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social até que haja redução da circulação do vírus, caracterizada pela redução expressiva do número de novos diagnósticos da doença.

Confira o avanço da vacinação no Brasil:

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