O Ministério da Saúde e a Universidade Oxford assinaram uma parceria de cooperação científica nesta segunda-feira, 6, durante um evento na cidade do Rio de Janeiro. A universidade desenvolveu, em parceria com a AstraZeneca, a vacina contra a Covid-19 produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Na cerimônia foi anunciada a criação de uma unidade de pesquisa da instituição no Brasil, localizada no Rio de Janeiro, que vai atuar nas áreas de cardiologia, inteligência artificial, atenção primária e combate à Covid-19.
A pesquisadora Sue Ann Costa Clemens, que coordenou os estudos com o imunizante no Brasil, disse que a iniciativa tem, entre seus objetivos, fortalecer a formação dos profissionais.
“Temos dois grandes objetivos. Um é a educação, capacitar pessoas das nossas entidades aqui no Brasil, fazendo algo adaptado para o profissional brasileiro. E a pesquisa, que demonstramos que sabemos fazer, mas queremos ampliar do A a Z, da identificação do antígeno até o registro internacional.”
Andrew Pollard, diretor do Oxford Vaccine Group, agradeceu pela colaboração dos brasileiros no trabalho de desenvolvimento da vacina.”Muitas das pessoas daqui tiveram influência direta no resultado que tivemos com a Oxford/Astrazeneca e, por isso, temos um cenário mais tranquilo em relação à pandemia.”
No evento, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga destacou a boa relação com o Reino Unido e semelhanças entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e o sistema de saúde britânico (NHS). Segundo ele, a parceria entre Oxford, Fiocruz e AstraZeneca trouxe impactos positivos para o combate à pandemia por causa de qualidades específicas do imunizante.
“É a melhor relação custo-efetividade entre os imunizantes usados no Programa Nacional de Imunizações. Isso é fruto da pesquisa, da colaboração, do esforço de todos nós para termos em uma instituição pública, a Fiocruz, a produção de vacinas e do IFA (ingrediente farmacêutico ativo) nacional.”