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Anvisa proíbe venda de suplementos de quatro novas empresas: veja quais são

Propaganda enganosa e relatos de efeitos adversos graves levaram à proibição; a reportagem entrou em contato com as empresas, mas ainda não obteve resposta

Por Victória Ribeiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 ago 2025, 11h42 - Publicado em 26 ago 2025, 10h30

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, a venda e a propaganda de suplementos alimentares de quatro empresas no Brasil. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (22) e se soma a outras medidas recentes da agência, que tem retirado do mercado diversos produtos do tipo por conta de irregularidades.

Segundo a Anvisa, os motivos vão desde uso de substâncias não autorizadas e falta de estudos de segurança até propaganda enganosa com promessas de efeito “medicamentoso”. Em um dos casos, também houve relatos de efeitos adversos graves em consumidores.

Empresas e produtos proibidos

Floral Ervas do Brasil LTDA

  • Produtos: todos os lotes de Magnésio Dimalato e Magnésio Quelato, Expectos Mel, Lipo Magre, Max Beauty, Gestlac, Max Neural e Digestvit
  • Problema: ausência de estudos de estabilidade e propaganda enganosa sobre efeitos terapêuticos
  • Medida da Anvisa: suspensão da fabricação, comercialização, distribuição, propaganda e uso

Gold Suplementos LTDA (marca Gold Labs/Bariatric)

  • Produtos: todos os suplementos da marca
  • Problema: importação, fabricação e venda de suplementos sem registro, com substâncias proibidas, propaganda com alegações de efeito terapêutico – incluindo produtos com nomes como “Bariatric Black” – e relatos de efeitos adversos graves.
  • Medida da Anvisa: Não podem ser fabricados, importados, distribuídos, comercializados, divulgados e usados
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Cooperativa de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan)

  • Produto: Goma Hidratada Ekobom, lote 16125 (fabricação em 18/06/2025 e validade até 18/12/2025)
  • Problema: embalagens estufadas, o que pode indicar risco de contaminação
  • Medida da Anvisa: recolhimento voluntário do lote e suspensão da comercialização, distribuição, propaganda e uso.

Sunfood Clinical Brasil Indústria e Comércio (marca Nutrivitalle)

  • Produtos atingidos: todos os suplementos da marca
  • Problema: ausência de registro sanitário, uso de ingredientes não permitidos e fabricação em local não autorizado. A empresa não possui licença para produzir suplementos.
  • Medida da Anvisa: proibição de fabricação, importação, distribuição, comercialização, propaganda e uso.
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Com a decisão, os produtos não podem mais ser comercializados, distribuídos, fabricados ou divulgados em propagandas. A determinação vale em todo o território nacional. A Anvisa orienta consumidores que compraram algum desses suplementos a suspenderem o uso e, se apresentarem sintomas adversos, procurar atendimento médico.

A reportagem entrou em contato com as quatro empresas mencionadas pela Anvisa, mas até o fechamento desta publicação não houve retorno. A matéria será atualizada assim que as empresas se posicionarem.

Confusão entre nome de produto e fabricante

Um ponto que dificulta a identificação das empresas é a confusão entre nome de produto e razão social do fabricante. Muitas vezes, a embalagem traz um nome que parece indicar a empresa responsável, mas se trata apenas da marca ou do nome do suplemento. Ao pesquisar, o consumidor pode encontrar outro nome ou razão social diferente, já que algumas empresas mudam de nome ou usam CNPJs que não correspondem diretamente à marca exibida na embalagem. Essa estratégia, consciente ou não, torna mais difícil localizar informações sobre o fabricante e verificar se ele cumpre as exigências da Anvisa.

Suplementos alimentares lideram processos de investigação da Anvisa

Os problemas relacionados a esse tipo de produto têm sido recorrentes. Na terça-feira, 19, uma operação conjunta Anvisa com a vigilância sanitária de Itapemirim (ES) resultou na interdição de uma fábrica clandestina de suplementos alimentares. Dentro do espaço, foram encontrados suplementos e medicamentos fitoterápicos sem registro e fabricados em condições higiênico-sanitárias precárias. 

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Em abril, a Anvisa também proibiu suplementos à base de ora-pro-nóbis, ingrediente que vinha sendo comercializado sem comprovação científica de segurança ou eficácia. Pouco depois, determinou a retirada de diversos suplementos irregulares do mercado, como os da marca Power Green, que continham substâncias não permitidas, além dos produtos das linhas Lipo Sem Corte, Detox Fit e Intensy, fabricados sem registro e por empresa desconhecida.

Na semana passada, representantes da Anvisa participaram de audiência na Câmara dos Deputados para alertar sobre a baixa qualidade dos suplementos alimentares disponíveis no mercado nacional. Segundo a agência, o setor lidera o ranking de denúncias por infrações sanitárias e concentra um alto índice de reprovação – entre 2020 e 2025, 63% dos processos de investigação abertos envolviam suplementos.

Renata Ferreira, coordenadora de fiscalização, destacou que a Anvisa pretende ampliar o uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) para agilizar a identificação de produtos irregulares, especialmente na internet. Segundo ela, a tecnologia já foi aplicada e levou à exclusão de mais de 230 mil anúncios, dos quais cerca de 60 mil estavam relacionados a suplementos alimentares.

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