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Butantan apresenta dados da CoronaVac à Anvisa

Pedido de uso emergencial deve ocorrer entre hoje e amanhã, diz diretor do Instituto Butantan; eficácia do medicamento foi medida em 78%

Por Mariana Rosário Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Edoardo Ghirotto Atualizado em 7 jan 2021, 13h53 - Publicado em 7 jan 2021, 12h49
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  • A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou, em nota, que o Instituto Butantan apresentou, em power point, dados da vacina CoronaVac, mas ainda não realizou o pedido de uso emergencial do medicamento. Outra reunião foi marcada para ainda hoje. De acordo com Dimas Covas, diretor do Butantan, o pedido deve ser feito entre hoje ou amanhã.

    Nesta quinta-feira, 7, foi anunciado que o fármaco tem 78% de eficácia contra casos leves e 100% em casos graves. O estudo contou com 12.473 voluntários brasileiros. Não houve qualquer efeito adverso grave relacionado ao antígeno.

    No começo da coletiva de imprensa realizada nesta quinta, o governador João Doria disse que havia “iniciado” o pedido de uso-emergencial junto à agência. Mas o pedido não foi protocolado oficialmente. O que ocorreu hoje foi uma reunião de pré-submissão.

    O governo de São Paulo tem planos de iniciar uma grande campanha de vacinação regional com o antígeno a partir do dia 25 deste mês. A ideia é imunizar as pessoas mais afetadas por quadros severos do vírus: profissionais de saúde, idosos, população indígena e quilombola. A imunização se dará em duas doses, com um intervalo de 21 dias entre elas. Além disso, Doria disse que a ideia é que todos os brasileiros recebam o medicamento por meio do programa de imunização Ministério da Saúde.

    A princípio, existia a previsão que esse pedido fosse realizado no dia 23 de dezembro, data que também seria conhecida a eficácia do fármaco. O laboratório chinês, porém, pediu que essa informação crucial não fosse divulgada, para que se realizasse uma reanálise para unificar os resultados dos estudos brasileiros com os de outros países.

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    Segundo Covas, a vacina do Butantan apresentou eficácia diferente dos testes realizados com o fármaco na Turquia e na Indonésia porque os estudos naqueles países foram feitos com voluntários selecionados entre a população geral. No Brasil, o imunizante foi ministrado apenas em profissionais da saúde que estavam na linha de frente do combate à Covid-19 e que, consequentemente, apresentavam risco maior de exposição ao vírus.

     

     

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