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Alimentação pode influenciar sintomas da psoríase, aponta estudo

Pesquisa mostra que padrões alimentares com excesso de ultraprocessados, açúcar e carne vermelha estão associados a sintomas mais graves da doença

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein
22 jul 2025, 10h00

Um novo estudo reforça que o que vai ao prato pode influenciar diretamente na nossa saúde. Publicada em fevereiro no British Journal of Nutrition, a pesquisa aponta que dietas com perfil inflamatório, baseadas em produtos ultraprocessados, carnes vermelhas e açúcar simples, estão associadas a quadros mais severos de psoríase. Já padrões alimentares saudáveis podem ajudar a reduzir os sintomas.

A psoríase é uma doença inflamatória crônica que provoca placas ou manchas ressecadas na pele, comuns em regiões como braços e cotovelos. Entre os fatores de risco modificáveis estão o tabagismo, o consumo de álcool e a obesidade.

“Os sintomas costumam ser recorrentes e intermitentes e, embora o papel da alimentação nesse contexto ainda não seja totalmente esclarecido, é um tema de crescente interesse científico”, afirma a dermatologista Barbara Miguel, do Einstein Hospital Israelita. Segundo a especialista, estudos observacionais anteriores já haviam mostrado que dietas com perfil mais inflamatório estariam associadas à piora do quadro clínico.

A nova pesquisa analisou 257 adultos com psoríase. Eles preencheram questionários detalhados sobre adesão a diferentes padrões alimentares, como a dieta mediterrânea, a DASH (voltada ao controle da hipertensão), dietas à base de vegetais e até aquelas pouco saudáveis. Em seguida, os dados foram cruzados com ferramentas validadas para mensurar a gravidade da doença dermatológica.

O resultado revela uma associação clara: quanto mais saudável o padrão alimentar, mais leves tendem a ser os sintomas. “Essa relação é coerente com o que já sabemos sobre a fisiopatologia da psoríase. Trata-se de uma doença inflamatória crônica e imunomediada, e a dieta é um fator ambiental com potencial de modular processos inflamatórios sistêmicos”, observa Barbara Miguel.

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Uma alimentação rica em frutas, vegetais, oleaginosas, fibras e alimentos minimamente processados é abundante em propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes que poderiam ajudar no controle da psoríase. Por outro lado, dietas ricas em gorduras saturadas, carnes processadas e ultraprocessados favorecem a inflamação crônica, associada a uma piora não só da psoríase, mas também de outras doenças inflamatórias.

A alimentação não substitui o tratamento médico nem as terapias medicamentosas já consolidadas no tratamento da psoríase. Mas pode potencializar os resultados e ajudar a controlar comorbidades frequentemente associadas, como a síndrome metabólica e o risco cardiovascular.

“A alimentação saudável passa a ser vista não como um coadjuvante, mas como parte integrante do plano terapêutico, principalmente em pacientes com sobrepeso ou obesidade, condição que sabidamente agrava o quadro inflamatório da psoríase”, destaca a dermatologista do Einstein. Para ela, a pesquisa reforça a necessidade de uma abordagem multidisciplinar, que leve em conta não apenas a pele, mas também os hábitos de vida do paciente.

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