A agência de medicamentos da União Europeia (EMA, na sigla em inglês) afirmou nesta quinta-feira, 17, que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade Oxford em parceria com a AstraZeneca é “segura e eficaz”. Após uma revisão preliminar de casos de coágulos sanguíneos em pessoas que receberam o imunizante, o comitê de segurança da EMA (Prac, na sigla em inglês) concluiu que os benefícios da aplicação da vacina superam os riscos.
“A vacina não está associada a um aumento do risco geral de coágulos sanguíneos (eventos tromboembólicos)”, escreveu a agência em comunicado. No entanto, a EMA ressaltou que a vacina pode estar associada a casos muito raros de coágulos sanguíneos associados à trombocitopenia, ou seja, níveis baixos de plaquetas sanguíneas.
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Apenas 7 casos de coagulação intravascular disseminada, caracterizada pela formação de coágulos em vários vasos sanguíneos, e 18 casos coágulos nos vasos que drenam sangue do cérebro (CVST, na sigla em inglês) foram relatados em um universo de mais de 20 milhões de pessoas que receberam a vacina no Reino Unido e na Europa.
Além disso, segundo a agência, o número de eventos tromboembólicos notificados após a vacinação, tanto em estudos clínicos quanto após o início da aplicação em massa da vacina, foi inferior ao esperado na população em geral. O que permite concluir que “não há aumento no risco geral de coágulos sanguíneos”.
A EMA conduziu essa revisão após alguns países europeus suspenderem temporariamente o uso do antígeno por receio de graves efeitos colaterais. A expectativa é que agora eles voltem a aplicá-la. Na segunda-feira, 15, a OMS já havia ressaltado a segurança da vacina. A Fiocruz, responsável pela produção do imunizante no país, também afirmou na terça-feira, 16, que a vacina tem se mostrado extremamente segura e eficaz.
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