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Acidentes domésticos: o real perigo de engolir uma bateria

Se a bateria não for retirada, pode causar graves danos ao sistema digestivo e respiratório da criança. Vídeo feito pela BBC mostra os efeitos

Por Da redação
Atualizado em 23 set 2016, 12h57 - Publicado em 23 set 2016, 12h57

Médicos do hospital Great Ormond Street, em Londres, na Inglaterra, lançaram um alerta pedindo que pais mantenham baterias circulares e pequenas (e, portanto fáceis de engolir) longe de seus filhos devido aos graves riscos para a saúde. Engolir esse tipo de bateria pode causar lesões graves e permanentes e até mesmo levar à morte em pouco tempo. 

De acordo com os especialistas, o aviso foi necessário após eles notarem um aumento no número de crianças que chega ao hospital após ter engolido uma bateria. Atualmente, os médicos atendem cerca de uma criança por mês com tal esse problema. Há dois anos, a média era de uma criança por ano. “Um dia desses eu estava de plantão e precisei remover baterias engolidas por duas crianças”, contou Joe Curry, cirurgião pediátrico no Great Ormond Street.

Engolir baterias traz consequências devastadoras. Isso porque se elas ficarem presas na mucosa do esôfago, podem causar uma possível reação química que pode perfurar o tecido do canal que liga a boca ao estômago. “Se a bateria ficar presa no esôfago e, assumindo que ela está “viva” quando é engolida, você pode começar a ver os danos ao revestimento do esôfago dentro de cerca de 15 minutos. Temos visto ruptura do esôfago dentro de apenas quatro horas.” disse Curry.

O resultado dessas lesões ou rupturas podem trazer consequências permanentes e devastadoras para a vida, como dificuldades para se alimentar e a necessidade de parar por inúmeras cirurgias ao longo da vida – algumas crianças têm que passar por mais de 50 operações e procedimentos depois do incidente – e até mesmo levar à morte.

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“Os danos para o esôfago podem ser tão devastadores que pode ser uma ameaça imediata à vida [da criança] porque se o esôfago se romper e a bateria acidentalmente cair em algum dos principais vasos sanguíneos do peito, haverá risco de hemorragia imediata e morte. Já se ela corrói a parte de fora do esôfago e vai para as vias respiratórias, é criada uma abertura entre o esôfago e as vias aéreas de modo que cada vez que a criança come ou bebe, fluidos e alimentos inundam os pulmões, danificando-os e produzindo infecções com  risco de vida.”,  disse Curry.

Esse tipo de bateria é comum em acessórios como relógios, calculadoras e aparelhos auditivos, que estão cada vez mais presentes na casa das pessoas. O que, por sua vez, aumenta a disponibilidade das baterias. Por isso, quem tem crianças em casa, principalmente as pequenas que são ávidas por explorar objetos e tendem a colocá-los na boca, o ideal é manter esse tipo de bateria em locais trancados e de difícil acesso à crianças, até mesmo às mais velhas.

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“Pilhas e baterias estão em tantos produtos hoje em dia. Os pais precisam estar cada vez mais vigilantes, especialmente com baterias de células de lítio. Crianças menores de seis anos estão em maior risco, mas até os mais velhos podem ser fascinados por eles. Não espere para ver se os sintomas se desenvolverem [para levá-los ao hospital], pois o dano já pode estar feito.”, ressaltou Katrina Phillips, presidente-executiva da Child Accident Prevention Trust.

Os médicos alertam ainda para a importância dos pais manterem-se vigilantes a sintomas como vômitos, asfixia, infecções no peito e dificuldades em engolir, e caso haja a possibilidade da criança ter engolido uma bateria, ela deve ser imediatamente levada ao hospital.

Após o alerta, a rede britânica BBC fez um experimento – usando baterias, presunto e água – para mostrar o efeito corrosivo que o contato do material com líquidos, como a saliva, pode causar nas mucosas do corpo.

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