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A frequência ideal de palavras cruzadas para proteger memória contra o envelhecimento

Estudo mostrou que ler, escrever e jogar jogos de tabuleiro também ajudam a retardar o declínio mental em pessoas com comprometimento cognitivo leve

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 set 2024, 12h00
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  • Manter a mente ativa é uma das chaves para proteger a memória à medida que envelhecemos. Um estudo recente, realizado por pesquisadores das universidades do Mississippi, Texas A&M e Indiana, nos Estados Unidos, acompanhou mais de 5.900 pessoas acima de 50 anos, diagnosticadas com comprometimento cognitivo leve (CCL), durante um período de oito anos. Os resultados, publicados no Journal of Cognitive Enhancement, indicam que participar de atividades cognitivas, como resolver palavras cruzadas, três ou mais vezes por semana, pode retardar o declínio mental.

    Os participantes foram classificados em três grupos: os que realizavam atividades cognitivamente estimulantes de forma frequente (três ou mais vezes por semana), moderada (uma ou duas vezes por semana) ou esporádica (menos de uma vez por semana). Aquelas que se engajavam com mais regularidade apresentaram melhor desempenho em testes de memória, atenção e velocidade de processamento mental.

    Atividades como leitura, escrita e jogos de tabuleiro também contribuíram para esse efeito positivo. Embora o declínio cognitivo tenha sido observado em todos os grupos, os participantes que se mantiveram mais mentalmente ativos experimentaram uma redução mais lenta desse processo.

    Segundo os pesquisadores, o nível ideal de participação em atividades cognitivas deve ser de três a quatro vezes por semana para alcançar o melhor desempenho mental. Além disso, o estudo destaca que intervenções baseadas no estilo de vida, como essas atividades estimulantes, podem servir como uma forma de tratamento não medicamentoso eficaz para prevenir o agravamento do declínio cognitivo em pessoas idosas.

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    O uso de tecnologias e o envelhecimento 

    Outro estudo de 2022, publicado pela Universidade do Sul da Califórnia, reforça a importância dessas atividades cognitivas na proteção contra a demência. A pesquisa analisou o comportamento de mais de 140 mil pessoas acima de 60 anos e descobriu que assistir televisão por longos períodos pode aumentar o risco de desenvolver a doença. Em contrapartida, o uso regular de computadores e a leitura foram associados a uma redução do risco.

    Os dados revelam que pessoas que assistiam TV por mais de quatro horas diárias tinham 20% mais chances de desenvolver demência, enquanto uma hora de uso de computadores diariamente reduzia o risco em 25%. Essas descobertas mostram que, além de evitar o sedentarismo, é essencial estimular o cérebro com atividades intelectuais.

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