Entre os brasileiros, 51% obtêm dicas de alimentação saudável pelo YouTube, aponta pesquisa inédita realizada entre a Nestlé em parceria com a Editora Abril.
Os resultados, publicados nesta terça-feira na Revista BIO, ainda mostram que, apesar de buscar informações sobre nutrição na internet – onde podem ser encontradas inúmeras informações falsas -, 46% dos entrevistados declararam sempre checar as fontes e a veracidade das notícias sobre alimentação obtidas nas redes.
A pesquisa, feita com 500 pessoas de todas as regiões do país, também revelou que 44% dos entrevistados se consideram preocupados com a manutenção de uma dieta saudável.
Alimentação e redes sociais
Além do Youtube, outras redes sociais estão entre as preferidas do brasileiro quando se trata de informações sobre nutrição: 43% dos participantes elegeram o Facebook como fonte mais procurada para dicas de alimentação; o Instagram atingiu 32%.
A internet ainda domina a busca por informações nutricionais com sites especializados (50%), blogs (31%) e sites de notícias (41%). As mídias tradicionais também aparecem entre as fontes do brasileiro: a televisão é a preferida com 43%, seguida das revistas (38%), jornais (22%) e rádio (11%). O Whatsapp, um dos aplicativos de mensagem mais populares no Brasil, é utilizado por 20% dos entrevistados.
Alimentação saudável
O nível de preocupação com a alimentação saudável também foi um dos temas investigados pela pesquisa: 14% das pessoas disseram estar muito preocupadas, 44% afirmaram estar preocupadas, 42% se consideraram um pouco preocupadas.
Os resultados também indicaram que o tipo de fonte varia conforme a pauta. Quando o assunto é alimentação infantil, 21% dos entrevistados buscam um nutricionista e 18% procuram outra especialidade médica, como as de controle de patologias, como diabetes e hipertensão. Entretanto, os sites especializados são considerados fontes mais confiáveis por 19% dos entrevistados.
Já se a questão é dieta e emagrecimento, 32% preferem o nutricionista e 15% confiam nos médicos especialistas. No entanto, mesmo nestes temas, a internet se mantém como fonte de informação confiável, com os sites especializados (16%), as redes socais (12%), e blogueiros e/ou youtubers (7%).
Fontes confiáveis
Outro ponto importante é a preocupação com a filtragem de informações, especialmente nas redes sociais. A veracidade das notícias é importante para 46% dos entrevistados, que disseram sempre checar as fontes; 45% checam às vezes e 9% afirmaram nunca checar.
“É sempre importante buscar diferentes fontes para saber se as informações divulgadas são as mesmas. Os sites especializados, como o da OMS ou do Ministério da Saúde são muito bem fundamentados. As revistas de grande circulação são outra opção, especialmente as versões on-line, que geralmente fazem referência [links] aos artigos científicos que embasam a notícia. Mas é sempre bom consultar um profissional de confiança”, orientou Nadine Marques, nutricionista da consultoria RG Nutri.
O nível de confiança das fontes também foi analisada pelo levantamento: a nota mais alta, de 7,2, foi alcançada pelos blogs e perfis de profissionais de saúde, seguidos pelas reportagens publicadas pela imprensa em geral (6,3) e a última posição foi ocupada pelo WhatsApp, com nota 3,2.