“O foco da nossa campanha era uma nova visão para o país. E não se pode negar que (…) nosso movimento venceu a guerra ideológica.”
BERNIE SANDERS, pré-candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, aventando uma vitória moral ao anunciar que decidiu se retirar da disputa e praticamente garantir a indicação de Joe Biden na briga contra Donald Trump
“O povo não quer nem saber o que é liberdade e individualismo. Quer saber se tem emprego, tem comida, tem transporte, tem saúde. E, se eles derem isso, vão nos dar um banho.”
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, prevendo a ascensão dos países orientais, menos “presos às ideias de liberdade”, após a pandemia (veja as págs. 40 e 92)
“Comunistas são seres alienados, sonsos, insensíveis e insensatos.”
AUGUSTO HELENO, general e ministro do Gabinete de Segurança Institucional, em tuíte em que desanca o governador maranhense Flávio Dino, do PCdoB, por ter creditado “ao presidente Bolsonaro os 300 óbitos do Covid 21”. Correção: como quase todo mundo sabe, o nome da doença é Covid-19
“Será nosso momento Pearl Harbor, nosso momento 11 de Setembro. Só que, em vez de localizado, vai acontecer no país inteiro.”
JEROME ADAMS, chefe do serviço de saúde pública dos Estados Unidos, alertando sobre a devastação que o novo coronavírus deve promover no país nos próximos dias
“O primeiro-ministro continua primeiro-ministro.”
JAMES SLACK, porta-voz do premiê britânico Boris Johnson, que na quinta-feira 9 permanecia internado em UTI, com problemas respiratórios causados pelo novo coronavírus. O ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab, o representa temporariamente, mas não há linha sucessória clara para o cargo
“Espero que (…) os que vierem depois de nós possam dizer que os britânicos desta geração foram fortes, como sempre.”
ELIZABETH, rainha do Reino Unido, em fala motivadora à nação. Ela se dirige aos súditos uma vez por ano, no Natal. Esta foi a quinta vez, em 68 anos de reinado, que gravou uma
mensagem fora da programação
“Se o coelhinho da Páscoa não aparecer na sua casa, você precisa entender que a situação está meio complicada.”
JACINDA ARDERN, primeira-ministra da Nova Zelândia, dirigindo-se às crianças para anunciar que tanto o coelho quanto a fadinha dos dentes entraram na lista de serviços essenciais que
continuam funcionando na quarentena
“Tem um stress no ar. Não estou dormindo melhor, mas estou dormindo mais. Apesar de ter mais tempo disponível, tenho muita coisa para fazer.”
FLÁVIA ALESSANDRA, atriz, isolada em casa com o marido e as duas filhas depois que a gravação da nova novela das 7, Salve-se Quem Puder, foi suspensa
“Pergunta que não ofende: a SporTV só tem jogo do Guga pra reprisar?”
FERNANDO MELIGENI, tenista aposentado, semifinalista de Roland Garros, criticando os critérios de programação do canal esportivo
“Anarquia e uma emergência dentária — não necessariamente nessa ordem.”
LARRY DAVID, produtor de Seinfeld, expressando seus maiores temores nos tempos de coronavírus
“O local da luta de 18 de abril está fechado há dois meses e vou promover lutas lá.”
DANA WHITE, presidente do UFC, confirmando que o próximo embate será em uma reserva tribal, para driblar a proibição de aglomerações na Califórnia. O lugar provável é um cassino de propriedade da tribo tachi yokut
“Nossos avós foram chamados a lutar (…) e 50 milhões morreram na II Guerra. Eles se sacrificaram ao máximo. Nós estamos reclamando do quê?”
GENE SIMMONS, vocalista da banda Kiss, puxando a orelha de quem compara o isolamento de agora aos rigores do conflito mundial
Publicado em VEJA de 15 de abril de 2020, edição nº 2682