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Um mal absoluto

Destruidoras, críveis e presentes nas mais diversas áreas. Assim são as 'fake news', tema central do evento Amarelas ao Vivo, promovido por VEJA

Por Daniel Bergamasco Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 dez 2018, 09h17 - Publicado em 27 abr 2018, 06h00

O poder corrosivo das fake news, a expressão da moda para designar as notícias falsas que circulam no mundo digital, apareceu com toda a sua carranca nas eleições americanas de 2016. Elas chegaram a ser controladas nos pleitos da França e da Alemanha, mas são um desafio para a eleição brasileira de outubro. Estamos atrasados para combatê-las? Para o pesquisador Pablo Ortellado, da USP, referência sobre o tema no país, essa cronologia é enganosa. Ele cita estudos segundo os quais robôs, falsos perfis e demais elementos da fábrica de mentiras surgiram primeiro aqui, no pleito de 2014, e só depois é que se repetiram em votações no exterior. “O Brasil mais provavelmente está na vanguarda da questão”, diz. Essa e outras reflexões instigantes passaram pelos microfones do evento Amarelas ao Vivo, promovido por VEJA na terça-feira 24, em São Paulo. Trata-se de uma versão de palco das entrevistas das Páginas Amarelas da revista. Nessa edição, o encontro mostrou como a viralização de boatos é uma praga em áreas diversas — e um mal absoluto em qualquer lugar em que apareça.

O infectologista David Uip contou que, após a difusão pela web de fake news a respeito da vacina contra a febre amarela, milhares de pessoas deixaram de tomá-la. O publicitário Nizan Guanaes alertou para o fato de que, no campo dos negócios, mais cedo ou mais tarde toda empresa terá a reputação ameaçada por uma mentira viral.

(Abaixo, a abertura do evento, com o diretor de redação André Petry)

É na política que o estrago das fake news parece mais evidente. Dois estrategistas estrangeiros — o equatoriano Jaime Durán Barba, que trabalhou com o presidente argentino Mauricio Macri, e Guillaume Liegey, que atuou na campanha do presidente francês Emmanuel Macron — relataram como enfrentaram o tema. “É preciso ouvir o eleitor, bater de porta em porta”, diz Liegey, apontando sua estratégia para driblar as fake news entre os franceses.

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+ Carta ao leitor: O Brasil se vê em VEJA

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luiz Fux, declarou que, caso fique claro o prejuízo a uma candidatura devido a fake news, o sufrágio poderá, em último caso, ser até anulado. O evento se completou com a presença do jornalista Ricardo Boechat (que não vê diferença entre as fake news e os velhos boatos de antigamente), do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes (um dos maiores alvos de fake news nas redes sociais), da consultora digital Bia Granja e do engenheiro Acioli de Olivo, que falou do suicídio do seu irmão, Luiz Carlos, reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, em meio a acusações levianas.


As entrevistas:

Luiz Fux, ministro do STF e presidente do TSE:

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Gilmar Mendes, ministro do STF:

Jaime Durán Barba, estrategista político na campanha de Mauricio Macri:

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Guillaume Liegey, estrategista político na campanha de Emmanuel Macron:

https://www.youtube.com/watch?v=qk1Sow7sbYo

Ricardo Boechat, jornalista:

https://www.youtube.com/watch?v=q4lEl3nzAjg

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Bia Granja, cofundadora do YOUPIX:

https://www.youtube.com/watch?v=dP_o_rE2Ehg

Nizan Guanaes, publicitário:

https://www.youtube.com/watch?v=FegkKH01WMw

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Pablo Ortellado, pesquisador da USP:

https://www.youtube.com/watch?v=RxIPFhaNqWM

David Uip, infectologista:

https://www.youtube.com/watch?v=TABMQrVOkTI

 Acioli de Olivo, irmão do reitor da UFSC, que se matou em meio a acusações levianas:

https://www.youtube.com/watch?v=R9qG3dEckS4

Publicado em VEJA de 2 de maio de 2018, edição nº 2580

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