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…um golpe acolá

Um diplomata americano teve três reuniões com militares rebeldes da Venezuela para planejar a deposição de Maduro

Por Thais Navarro
Atualizado em 14 set 2018, 07h00 - Publicado em 14 set 2018, 07h00

Quando se imagina que o governo do presidente Donald Trump tem apenas uma crise dentro de suas fronteiras, lá vem bomba. Um diplomata americano teve ao menos três encontros no último ano com militares oposicionistas da Venezuela. Nas reuniões, discutiu-se um plano para derrubar o ditador Nicolás Maduro. A partir de entrevistas com oficiais americanos e um ex-comandante venezuelano, o jornal The New York Times descobriu que os militares venezuelanos chegaram a pedir rádios encriptados para poder se comunicar com segurança. A estratégia de golpe contra Maduro envolvia derrubá-lo e, em seguida, instalar um governo de transição até a realização de eleições limpas. No fim, o governo americano recusou-se a dar apoio material e os encontros foram cancelados.

Em agosto de 2017, Trump afirmou que não descartaria uma opção militar na Venezuela — o que gerou críticas até de aliados americanos na América Latina. A razão é simples: há um consenso entre as democracias do continente de que Maduro é um ditador e está esmagando seu país, mas a remoção dele do cargo por um golpe militar não é uma solução. No início deste ano, a tese golpista reapareceu na boca de um alto funcionário americano. O então secretário de Estado, Rex Tillerson, disse que, “na história da Venezuela e dos países sul-americanos, o Exército é, às vezes, o agente de mudança quando as coisas estão ruins e a liderança não serve mais ao povo”. A possibilidade de um golpe na Venezuela com ajuda americana é remota, mas essa conversa ajuda a ditadura de Maduro. Na semana passada, Jorge Arreaza, chanceler da Venezuela, já tentou tirar proveito: afirmou que a ONU só pretende declarar que a Venezuela enfrenta uma crise humanitária com o único objetivo de dar um golpe em Maduro.

Publicado em VEJA de 19 de setembro de 2018, edição nº 2600

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