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Rodrigo Delmasso: A dura vida dos héteros

Deputado do Podemos do Distrito Federal é autor de mais um desses projetos de lei urgentes para o país: quer criar a semana de valorização do heterossexual

Por Patrícia de Holando
Atualizado em 1 dez 2017, 06h00 - Publicado em 1 dez 2017, 06h00

Qual o objetivo da proposta? Quero quebrar o preconceito de ligar a heterossexualidade ao machismo. É mais ou menos o seguinte: fala-se em heterossexual e na hora, no subconsciente, vem a ligação de que os héteros são homofóbicos, machistas e desrespeitosos. Não, não é isso. Apenas uma minoria é assim. A ideia é reafirmar princípios e valores que praticamos no dia a dia.

Que princípios? Bem, você é hétero? Primeiro, o respeito entre as pessoas de sexo diferente. A cultura hétero prega que eu, homem, preciso respeitá-la enquanto mulher, na sua condição de mulher. E você, mulher, da mesma forma. Não posso oprimi-la. Não posso subjugar você por ser mulher. Segundo, respeitar as pessoas independentemente de raça, cor, credo ou opção sexual.

Opção? Sim, a homossexualidade é uma opção. O movimento homossexual afirma o contrário, que o homossexual nasce homossexual.

E o senhor discorda? Todos nascemos héteros. Você não nasce homossexual. Há a opção de sê-lo por algum descontentamento que você teve por aí. A pessoa nasce homem ou mulher — e, no decorrer da vida, ela opta. Não acredito em cura gay, porque a sexualidade é uma opção. “Ah, a pessoa sente atração por alguém do mesmo sexo.” O.k. É o sentimento; a decisão é dela de sentir ou não. Você pode sentir durante um tempo e decidir não sentir mais. É bem simples.

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O senhor é da bancada evangélica e declarou que sofreu discriminação por ser heterossexual. Como foi isso?  Vixe, sofro aqui na Câmara. Quando os homossexuais se reúnem, eu passo e eles me vaiam, gritam. Na votação do plano distrital de educação, apresentei emendas para tirar a ideologia de gênero nas escolas, e eles vaiavam, falavam um monte de baboseira, xingavam quando eu subia no plenário, entendeu? Isso não é discriminação?

O que se fará nessa Semana de Difusão da Cultura Heterossexual? Podemos trabalhar a saúde heterossexual — ou seja, a saúde do homem e da mulher. Até mesmo a questão da saúde sexual. É importante tratar desses temas. A relação do pai com o filho, e vice-versa. Isso é difusão da cultura hétero. Me falaram que quero acabar com a minoria. Peraí! Não proponho acabar com a parada gay. Quero disseminar a cultura do respeito, mesmo não concordando com a prática dos homossexuais. Até porque, como eu disse, a homossexualidade é uma opção. Vai que a pessoa é homossexual hoje, mas amanhã ela opta por voltar ao seu estágio natural?

Publicado em VEJA de 6 de dezembro de 2017, edição nº 2559

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