Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Os ‘brasileños’

Fragilizados ano após ano pelo capital estrangeiro, os clubes brasileiros buscam nos vizinhos sul-americanos um alento para a perda de suas jovens promessas

Por Alexandre Senechal Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 17h43 - Publicado em 10 ago 2018, 07h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Todos os anos, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) divulga um balanço mundial das transações entre clubes. A cada nova edição, há uma tônica invariável: o Brasil aparece no topo do ranking dos maiores exportadores de “pé de obra” para times estrangeiros — apenas em 2017, deixaram o país 821 atletas. Com a abertura da janela de transferência do meio do ano — ela se fecha em 31 de agosto —, o êxodo de craques brasileiros tem desfalcado os principais clubes: logo depois da Copa da Rússia, foram embora jovens talentos como o volante Arthur, de 21 anos, campeão da Libertadores pelo Grêmio, agora no Barcelona; o zagueiro Éder Militão, de 20 anos, do São Paulo, levado pelo Porto; e o atacante Vinícius Júnior, joia descoberta pelo Flamengo e que se integrou ao elenco estrelado do Real Madrid, da Espanha, pela cifra recorde de 165 milhões de reais. Sua venda foi concretizada no ano passado, mas ele só deixou o rubro-negro ao atingir a maioridade legal, os 18 anos.

    E como tapar os buracos? A solução dos nossos clubes foi importar jogadores dos vizinhos sul-americanos. Nos vinte times da primeira divisão do Campeonato Brasileiro, atuam hoje 64 atletas de outras nacionalidades, com predominância de argentinos, colombianos, uruguaios e paraguaios. Um dos destaques é o atacante paraguaio Ángel Romero, do Corinthians, que chegou ao alvinegro em 2014. Nesse ano, ocorreu uma mudança fundamental nas normas: o número máximo de estrangeiros que podem atuar por uma equipe brasileira aumentou de três para cinco. Desde então, houve um crescimento de 14% no volume de contratações internacionais. “Um jogador no Uruguai recebe o mesmo que um garoto nas categorias de base do Brasil”, afirma o ex-jogador uruguaio Diego Lugano, atualmente dirigente do São Paulo. O executivo Rui Costa, um dos idealizadores dos novos limites, diz não se tratar apenas de dinheiro: “Esses atletas enxergam o Brasil como vitrine”. Em outras palavras, como um atalho para a Europa.

    Publicado em VEJA de 15 de agosto de 2018, edição nº 2595

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.