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Memória: Olivia de Havilland e Rodrigo Rodrigues

A última estrela de Hollywood e o jornalista

Por Da Redação Atualizado em 4 jun 2024, 13h41 - Publicado em 31 jul 2020, 06h00

Olivia de Havilland tinha 23 anos quando conquistou Hollywood na pele da tímida Melanie do clássico …E o Vento Levou (1939). O papel lhe rendeu uma indicação ao Oscar, prêmio perdido para a colega de elenco Hattie McDaniel. Mais de seis décadas depois da derrota, Olivia revelou que segurou o choro até o final da festa, quando enfim caiu no berreiro. A sensibilidade aflorada era sintoma não de fraqueza, mas de uma mulher intensa e destemida, atributos abafados por suas feições delicadas e personagens dóceis — que a alçaram ao posto de queridinha do cinema.

Na vida real, Olivia deixava a fofura de lado. Quando ficou infeliz pelos papéis abobalhados que a Warner Bros. lhe empurrava, travou uma guerra na Justiça contra o esquema da época, em que grandes estúdios controlavam a carreira dos atores com contratos abusivos. Ela venceu e abriu precedente nas leis trabalhistas americanas. O espírito competitivo (talvez de família) a fez viver em pé de guerra com a irmã, a atriz Joan Fontaine. E, quando a Hollywood de ouro começou a ruir, Olivia foi drástica: fez as malas e foi para Paris. Com ela, levou duas estatuetas do Oscar por Só Resta uma Lágrima (1946) e Tarde Demais (1949) — no total, foi indicada cinco vezes ao prêmio. Última estrela viva do início da era dourada de Hollywood, Olivia de Havilland morreu no domingo 26, aos 104 anos, de causas naturais, em sua casa em Paris.

Ele amava o Zico e os Rolling Stones

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FUTEBOL E ROCK - RR: paixão dividida entre a bola e a guitarra – (ESPN/Divulgação)

Aos 45 anos, Rodrigo Rodrigues ainda era um garoto que amava os Beatles e os Rolling Stones, na toada da clássica canção italiana, e também o futebol — ou, mais particularmente, Zico. Na pré-adolescência, RR (apelido incorporado por ele próprio) colecionava recortes de jornais e revistas sobre o camisa 10 da Gávea, com quem não parava de sonhar e de quem se tornaria amigo, em mútua admiração. Recém-saído da faculdade, Rodrigues, emoldurado por um sorriso permanentemente largo e pela infindável capacidade de fazer amigos, mudou-se para São Paulo, onde marcou época na TV Cultura, como repórter dos programas Vitrine e Metrópolis, ambos ligados à área das artes — ele mesmo era músico, líder da banda The Soundtrackers. Foi de José Trajano, então diretor da ESPN Brasil, a ideia de transportá-lo, em 2011, de volta à paixão esportiva de criança. Depois de cinco anos no canal esportivo do grupo Disney, passou por várias casas — entre elas PLACAR, da Editora Abril, onde apresentou um programa diário ao vivo exibido pelas redes sociais — até chegar ao Grupo Globo, onde permaneceu por um ano e meio. Atingido pelo novo coronavírus, ele se afastou do trabalho no início do mês passado e, quando a Covid-19 parecia estar indo embora, seu quadro clínico piorou rapidamente. Morreu em 28 de julho, em decorrência de complicações causadas por uma trombose venosa cerebral.

Publicado em VEJA de 5 de agosto de 2020, edição nº 2698

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