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"Não podemos confundir quem é contra ou a favor da Lava-Jato com quem é contra ou a favor da corrupção." Décio Lima, São Paulo, SP

Por Da Redação Atualizado em 4 jun 2024, 15h52 - Publicado em 21 jun 2019, 07h00
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    MORO

    Brilhante a Carta ao Leitor (“Ninguém está acima da lei”, 19 de junho). Não podemos confundir quem é contra ou a favor da Lava-Jato com quem é contra ou a favor da corrupção e do estado democrático de direito. São coisas distintas.
    Décio Lima
    São Paulo, SP

    Combato o PT e Lula há praticamente trinta anos, apoiei o impeachment de Dilma Rousseff por entender que ela não era capaz de ser presidente da República, e fui a favor da Lava-Jato, apesar de ter algumas ressalvas desde seus primórdios, quando a operação e seus agentes já davam sinais claros de certo messianismo, algo que não me agrada em hipótese alguma. Não tenho, porém, como não manifestar meu profundo repúdio às atitudes ilegais do ex-juiz Sergio Moro (“A desconstrução do herói”, 19 de junho), que já havia me decepcionado ao aceitar ser ministro da Justiça de Bolsonaro, por óbvio conflito de interesses, e dos procuradores do MPF, especialmente Deltan Dallagnol. Aos que tentam ser complacentes com Moro, afirmando que ele prestou um grande serviço ao Brasil, é bom lembrá-los que quem aceita o arbítrio contra seus adversários políticos hoje será vítima desse mesmo arbítrio mais cedo ou mais tarde.
    Sandro Ferreira
    Ponta Grossa, PR

    Desde que o mundo é mundo existem as intrigas do poder. Agora, se Sergio Moro cometeu algum deslize junto com seus auxiliares, ele deve ser ouvido com respeito e atenção, pois o trabalho desenvolvido pela Lava-Jato fez enormes mudanças na política e expôs as entranhas podres do governo.
    Cristina Reggiani
    Santana de Parnaíba, SP

    Advogo há anos na área criminal. Não fiquei surpreso com as divulgações de conluio de um magistrado com procuradores, tampouco com os inúmeros comentários favoráveis a tão deplorável relacionamento, afinal faz tempo que a lei é desconsiderada. Prazos processuais não são respeitados, presos, provisórios ou não, amontoam-se em cubículos insalubres e fétidos. Cada vez mais execuções policiais são justificadas por confrontos forjados, defensores passam a ser vistos com desconfiança e confundidos com seus clientes, “direitos humanos” viraram sinônimo de desvio comportamental. Enfim, pessoas são presas por descumprir a lei pelo Estado, que também não as cumpre.
    Peter Amaro de Sousa
    Curitiba, PR

    Estou surpreso com a ignorância de muitas pessoas a respeito do papel de um jornalista como Glenn Green­wald, do The Intercept Brasil. Estão confundindo o crime do hacker que invadiu os celulares com o trabalho do jornalista de divulgar o que é de interesse público.
    João Gabriel Carneiro Costa Lima
    Fortaleza, CE

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    Najila Trindade Mendes de Souza
    NAJILA – A acusação de agressão e estupro agora corre no Ministério Público (//.)

    “A modelo Najila e Neymar são vítimas de uma sociedade que deixou faltar instruções fundamentais de como entender as diferenças de gênero.” (“Muito a explicar”, 19 de junho)

    Rogério de Souza Pires, Umuarama, PR

     

     


    FREDERICK WASSEF

    Senhor Wassef, não se preocupe. Se a suposta bruxa for realmente inocente, ela não arderá em chamas. Que o ordálio seja levado a cabo e a verdade venha à tona (“É um grande golpe”, 19 de junho).
    Mário Lourenço Evangelista Júnior
    Londrina, PR

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    OS ADOLESCENTES E O ÁLCOOL

    Como secretário do Grupo de Estudos sobre Álcool e Gestação da Sociedade de Pediatria de São Paulo, gostaria de acrescentar à reportagem “Bem pior que videogame”, de 19 de junho, que o consumo de bebidas alcoólicas entre as menores adolescentes, além de ilegal antes dos 18 anos (apesar de o álcool ser uma droga lícita), pode desencadear comportamento sexual inadequado e perigoso, tendo como consequência mais perversa a gravidez precoce. Existe aí a grande possibilidade do surgimento de uma doença que é cada vez mais frequente nos recém-nascidos, a síndrome alcoólica fetal. Nosso grupo, em conjunto com o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), tem procurado divulgar cada vez mais essa entidade entre a sociedade leiga e os pediatras e obstetras, a fim de que a abstinência do consumo de álcool na gestação se torne verdadeiramente uma realidade a ser alcançada em nosso meio.
    Hermann Grinfeld
    São Paulo, SP


    ANA MICHELLE SOARES

    Assim como Ana Michelle (“Não sou invisível”, Conversa, 19 de junho), também não sou invisível. Convivo com o câncer desde 2012 e deparo diariamente com a falta de profissionais aptos para atender essa faixa de população que cresce no país. Também me exponho nas redes sociais, pois percebi que posso ajudar pessoas com o meu exemplo de vida e aprender. Sigo com fé e imensamente feliz (muito mais que antes), mas me sinto atormentada quando lembro das pessoas que perambulam pelos corredores do SUS em busca de tratamentos dignos.
    Maria Laisa Sampaio
    Curitiba, PR


    J.R. GUZZO

    A perspicácia, a agudeza e a sensibilidade do autor colocam-no entre os maiores articulistas da nossa imprensa, pois consegue com maestria, e até com toques de humor, nos fazer percorrer com leveza a nossa tragicomédia nacional, mostrando que a cidade é onde reside o maior problema ambiental que enfrentamos! É um prazer lê-­lo (“Grande ideia”, 12 de junho).
    Décio Antônio Damin
    Porto Alegre, RS


    JOÃO DORIA

    O governador João Doria (“O novo grão-tucano”, 12 de junho), em rápida passagem pela prefeitura de São Pau-­lo, não teve tempo de mostrar a propalada eficiência na gestão pública devido a sua ansiedade pelo poder, que ainda persiste rumo à Presidência da República, causando assim frustração junto aos eleitores paulistanos.
    Mauro Asperti
    São Paulo, SP

    Correções: o Tribunal de Justiça de São Paulo deu uma decisão de primeira instância no caso em que o governador João Doria e a primeira-dama Bia Doria foram acionados em razão de uma dívida imobiliária. Ainda cabe recurso (“Meio milhão de multa”, Gente, 19 de junho). – José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, é presidente do Conselho de Gestão da TV Cultura (“Plim-plim”, Radar, 19 de junho).

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    Publicado em VEJA de 26 de junho de 2019, edição nº 2640 

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