Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Datas: Aracy Balabanian, Hélène Carrère d’Encausse e William Friedkin

A atriz eclética, a dama francesa das letras e o diretor de 'O Exorcista'

Por Da Redação Atualizado em 4 jun 2024, 10h19 - Publicado em 11 ago 2023, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Houve um tempo, antes da gritaria das redes sociais, em que os críticos de teatro eram tratados com respeito e atenção, como faróis do que estaria por vir. “Aracy Balabanian, guardem esse nome”, anotaram Sábato Magaldi e Décio de Almeida Prado em uma resenha. Eles tinham visto a atriz mal saída da adolescência, de 14 anos, no palco com a peça Almanjarra, de Arthur Azevedo. Aracy tinha sido convidada por Augusto Boal. Nascia ali uma das mais interessantes carreiras artísticas do Brasil. O sucesso no proscênio, nos anos 1960, a levou a ser convidada a trabalhar na televisão — e, então, deu-­se o nascimento de uma profissional eclética, que ajudou a contar a vitoriosa história da tela pequena.

    Para crianças ou adultos, no drama ou na comédia, especialmente em novelas, Aracy atraiu o carinho do Brasil. Em Vila Sésamo, de 1973, ela foi a Gabriela, par de Juca, interpretado por Armando Bógus. Em 1990, conquistou o país com a dona Armênia, de Rainha da Sucata, a mãe controladora de três filhos. O personagem voltaria em Deus Nos Acuda, de 1992. Um de seus bordões, ao dizer que colocaria o prédio da Sucata “na chón”, virou mania — em sotaque inspirado na própria família de origem armênia. Em A Próxima Vítima, de 1995, ela fez a manipuladora Filomena. Contudo, como a verve cômica parecia movê-la, aceitou o papel de Cassandra, uma dama da sociedade em decadência, em Sai de Baixo, que estrearia em 1996. Era a costura do início de carreira com o tempo de maturidade. “Eu me vi fazendo uma coisa que é o sonho de todo ator, teatro e televisão”, disse. Sai de Baixo era como uma peça encenada para a TV, mostrada ao vivo. Sua última novela foi Sol Nascente, de 2016. Morreu em 7 de agosto, aos 83 anos, no Rio, em decorrência de câncer no pulmão.

    A grande dama

    HISTÓRIA - Hélène Carrère d’Encausse: especialista em estudos sobre a União Soviética e a Rússia
    HISTÓRIA - Hélène Carrère d’Encausse: especialista em estudos sobre a União Soviética e a Rússia (Eric Fougere/corbis/Getty Images)

    A erudição e a elegância da historiadora francesa Hélène Carrère d’Encausse eram celebradas na França. Especialista em estudos da União Soviética e da Rússia, em um tempo em que tais temas poderiam soar como provocação, nos anos 1960 e 1970, “a grande dama das letras e das artes”, como a chamavam, venceu as barreiras de cunho ideológico e machista. Em 1990, foi eleita para a Academia Francesa — e, desde 1999, era a secretaria “perpétua” da entidade. Em 1994, tinha sido eleita deputada europeia pelo Partido Republicano, de linha conservadora. Era mãe do escritor Emmanuel Carrère, autor de O Reino e Ioga, um dos grandes nomes da atual literatura francesa. Ela morreu em 5 de agosto, aos 94 anos, em Paris. “Seu legado é imortal”, disse o presidente Emmanuel Macron.

    Inovação nas telas

    NOVA HOLYWOOD - Friedkin: O Exorcista e Operação França
    NOVA HOLYWOOD - Friedkin: O Exorcista e Operação França (Jeff Pachoud/AFP)
    Continua após a publicidade

    O diretor americano William Friedkin ajudou a dar cara ao cinema de Hollywood no início dos anos 1970, ao mesclar entretenimento com inteligência, suspense e aventura com ironia e humor — mistura que andava fazendo falta no cinema americano. Em 1972, ele recebeu o Oscar de melhor diretor por Operação França, estrelado por Gene Hackman. Dois anos depois seria novamente indicado, com O Exorcista — que não levou, mas inaugurou uma nova família de filmes de horror, levando ao estrelato a atriz Linda Blair. Fried­kin morreu em 7 de agosto, aos 87 anos.

    Publicado em VEJA de 11 de agosto de 2023, edição nº 2854

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.