Cinco novas descobertas sobre o vírus da zika
Achados podem contribuir para o combate mais eficaz da doença
![Female mosquito head - Aedes aegypti. Yellow fever and dengue fever carrier. SEM X12](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/08/dengue-mosquito-edes-aegypti-1.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
– Não há contaminação por meio da saliva. Pesquisa da Universidade de Wisconsin concluiu que a quantidade de vírus contida na saliva de macacos infectados não é suficiente para transmitir a doença a outro primata
– A transmissão pode se dar pelo pernilongo comum. Até agora, acreditava-se que apenas o Aedes aegypti atuava como transmissor. A descoberta, de pesquisadores da Fiocruz, ajuda a entender por que tantos casos de microcefalia foram detectados em bebês cuja mãe vivia em bairros sem saneamento básico
– Um antiviral contra a hepatite C pode curar infectados. Testes realizados com células em laboratório mostraram que o Sofosbuvir, usado para bloquear a proliferação do vírus da hepatite C e recuperar as células infectadas, tem o mesmo efeito contra o vírus da zika
– Uma vacina produzida a partir do tabaco imunizou camundongos. Cientistas da Universidade do Estado do Arizona criaram uma vacina utilizando-se de uma proteína desenvolvida em bactérias e posteriormente inserida na folha de tabaco. Em testes, ela imunizou 100% dos camundongos infectados com o vírus
– O vírus zika pode causar atrofia nos testículos. Cientistas da Universidade Yale descobriram que o vírus, detectável no sêmen até seis meses após a infecção, pode provocar atrofia nos testículos e reduzir a produção da testosterona no organismo
Publicado em VEJA de 16 de agosto de 2017, edição nº 2543