TSE suspende propaganda que acusa Lula de incentivar aborto
Ministra concluiu que a peça veiculada pela campanha de Bolsonaro propaga desinformação
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu nesta sexta-feira, 14, a propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro que acusa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de incentivar o aborto. A ministra Cármen Lúcia acatou o pedido da campanha do petista e afirmou que a peça propaga desinformação.
A propaganda de Bolsonaro, veiculada na televisão nesta semana, diz que Lula quer “mudar a lei e incentivar a mãe a matar o filho no seu próprio ventre”. O ex-presidente já declarou ser contra a legalização do aborto e afirmou que o tema deve ser tratado como uma questão de saúde pública.
Na decisão, a ministra ressaltou que o conteúdo da propaganda eleitoral distorce os fatos, foi produzido para desinformar e atingir a honra do candidato adversário. “Também a declaração de que o candidato quer ‘incentivar a mãe a matar o próprio filho no seu próprio ventre’ constitui indevida descontextualização e adulteração grosseira do sentido de falas proferidas por ele em relação ao tema”, declarou.