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‘Temos duas grandes mentiras: o petismo e o bolsonarismo’, diz Alckmin

Declaração foi feita na convenção nacional do PSDB após o ex-governador de São Paulo entregar a presidência do partido a Bruno Araújo

Por Da Redação Atualizado em 31 Maio 2019, 17h11 - Publicado em 31 Maio 2019, 17h02

Após uma série de discursos em que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi poupado, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin encerrou a convenção nacional do PSDB nesta sexta-feira, 31, em Brasília, atacando o governo e classificando o “bolsonarismo” e o “petismo” como “mentiras”. Ele manifestou solidariedade ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que estava no evento, por ter sido atacado nos atos em defesa de Bolsonaro, no domingo 26.

“Esses oportunistas políticos por 30 anos vêm atacar a vida dos homens públicos jogando a sociedade contra suas instituições. Não temos duas verdades, a extrema direita e a extrema esquerda. Temos duas grandes mentiras, o petismo e o bolsonarismo”, discursou o tucano, que entregou a presidência do partido ao ex-deputado Bruno Araújo (PE).

Após a convenção, Alckmin disse que “está faltando governo” ao país. “Onde está a agenda de competitividade desse governo? Vamos ter coragem de criticar, pôr o dedo na ferida”, declarou.

O tucano atacou ainda a política de flexibilização de posse e porte de armas pelo governo Jair Bolsonaro. “Liberar arma é tudo que nós não precisamos. Vejo uma grande dificuldade na agenda do governo e uma criação de crises, uma agenda radical totalmente ultrapassada em um mundo onde as ideologias estão diminuindo as distâncias.”

Adversário de Bolsonaro na eleição presidencial de 2018, o ex-governador de São Paulo saiu da disputa no primeiro turno, com apenas 4,7% dos votos.

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O ex-governador negou que o PSDB esteja sendo pressionado a dar uma guinada à direita e disse não acreditar que a nova direção do partido se alinhe à pauta de costumes de Bolsonaro. O novo presidente da legenda e o governador de São Paulo João Doria tentaram amenizar os ataques de Alckmin ao governo, afirmando que esse não é um posicionamento partidário.

“São opiniões próprias do governador que eu respeito, não são as opiniões do PSDB como um todo. Não temos esse alinhamento crítico, temos uma alinhamento de buscar as melhores alternativas para o país no plano econômico e no plano social e foco na aprovação da reforma da Previdência”, afirmou Doria.

O PSDB realizou a convenção nacional da legenda para confirmar Araújo como presidente e o deputado federal Domingos Sávio (MG) na vice-presidência

(Com Estadão Conteúdo)

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