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Temor do Planalto, militares entram na mira da CPMI do 8 de Janeiro

Oposição quer que generais da ativa e da reserva prestem esclarecimentos sobre os atentados contra as sedes dos Três Poderes

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 abr 2023, 18h21 - Publicado em 26 abr 2023, 12h02
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    O ex-chefe do GSI, general Gonçalves Dias (GOV/BA/Divulgação)

    Deputados e senadores que devem integrar a CPMI que vai investigar os atos do 8 de Janeiro definiram como uma das principais estratégias levar militares a prestar depoimento sobre os atentados contra as sedes dos Três Poderes.

    Na lista estão generais da ativa e da reserva, entre os quais o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Marco Edson Gonçalves Dias, e o ex-chefe do Comando Militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra, que atualmente ocupa uma subchefia no Estado-Maior do Exército. Militares de patente mais baixa que atuaram no GSI naquele dia também devem ser chamados a dar explicações.

    Como mostrou o site de VEJA, o governo tem a preocupação de que os trabalhos da comissão descambem para uma crise com os militares ou gerem ruídos na relação com as Forças Armadas, esgarçadas desde o início do governo Lula. Civil, o atual ministro da Defesa, José Múcio, também pode ser convocado a prestar esclarecimentos.

    A estratégia da oposição tenta descolar o envolvimento ou algum tipo de conivência por parte de fardados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, argumento que vem sendo usado pelos governistas diante da inércia dos militares do GSI durante a invasão ao Palácio do Planalto.

    “Esses militares são funcionários do Estado e vão fazer o que o superior manda. Você acha que um militar que é enquadrado vai se insubordinar contra o seu superior por uma questão ideológica? A não ser que ele faça uma revolução. É tudo hierarquizado. Se esse militar não reagiu, é porque não foi demandado. Se ele não se indispôs, não se indignou com o que estava acontecendo, é porque ele não recebeu a ordem”, afirma o senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado.

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    Governistas, por outro lado, miram a atuação de militares aliados de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o ex-chefe do GSI, general Augusto Heleno, e o ex-ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto. Após a derrota de Bolsonaro, Braga Netto pediu calma a um grupo de manifestantes que reclamava de estar tomando chuva enquanto cobrava providências da Justiça Eleitoral para reverter o resultado. “Não percam a fé. É só o que eu posso falar para vocês agora”, afirmou, em tom profético.

    Considerado o filho “Zero Seis” de Bolsonaro, o senador Jorge Seif (PL-SC) diz não ter receio da convocação de Braga Netto. “Nós, enquanto autoridades constituídas, temos de prestar contas sobre o que nós falamos e fazemos – seja a esquerda, a direita ou o Bolsonaro. Se o general Braga Netto falou alguma coisa que o comprometa ou que incitou algum ato, ele tem ou de se explicar muito bem explicado ou ser julgado por alguma ação ou omissão diante dos eventos”, disse.

    Seif, por outro lado, diz não ter nenhuma dúvida de “idoneidade” de Heleno, Braga Netto e Bolsonaro.

    “Se eu não tenho medo da verdade, se quero uma coisa limpa, isenta, se estou vendo que o governo federal decretou sigilos, tem alguma coisa errada. O que estão querendo esconder? São muitos indícios que mostram que eles têm alguma coisa a esconder. E, por outro lado, da nossa parte, nós queremos investigar e que venha a público a transparência”, completou.

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