Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Temer queria que eu praticasse um crime, afirma Rodrigo Janot

Segundo ele, em reunião no Planalto em 2016 com o então vice-presidente e o ex-deputado Henrique Alves, foi pedido para que a PGR poupasse Eduardo Cunha

Por Policarpo Junior e Laryssa Borges
Atualizado em 26 set 2019, 23h24 - Publicado em 26 set 2019, 22h29
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ex-procurador-geral Rodrigo Janot relata ter recebido, em março de 2016, pouco antes do impeachment de Dilma Rousseff, um convite para um encontro com o vice-presidente Michel Temer. No Palácio do Jaburu, além do vice, estava o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves, que, sem meias palavras e com o aval de Temer, pediu a ele que poupasse o então deputado Eduardo Cunha de qualquer investigação.

    Publicidade

    “Pouco antes do início do processo de impeachment da Dilma, recebi um convite para ir ao Jaburu encontrar o vice-presidente. Lá, ele (Temer), depois de um pequeno rodeio, falou assim: ‘Estamos aqui para conversar não com o procurador-geral, mas com o patriota’. E entra o Henrique Eduardo Alves e reafirma: ‘Estamos aqui falando com o patriota e queríamos chamar o senhor para não permitir que o Brasil entre numa ‘situação de risco’. Esse homem é um louco. O senhor tem de parar essa investigação’. O louco era o deputado Eduardo Cunha. Custei a acreditar que estava ouvindo aquilo e disse que aquela conversa estava errada. Diante da minha reação, Temer ainda insistiu: ‘O Henrique não está falando com o procurador-geral, ele está falando a um patriota. Não há gravidade na proposta que ele está fazendo’. Eles queriam que eu praticasse um crime, o de prevaricação. Falei alguns palavrões indizíveis antes de ir embora.

    Publicidade

    A declaração foi feita por Janot em entrevista a VEJA. Nela, ele também narra, entre outros episódios, que entrou armado no Supremo Tribunal Federal para tentar matar o ministro Gilmar Mendes – conta que tirou a pistola da cintura e ficou a dois metros do magistrado, mas desistiu – e conta que Aécio Neves (PSDB), assim como Temer, ofereceu cargo a ele para paralisar as investigações.

    Continua após a publicidade

    Assine agora o site para ler na íntegra esta reportagem e tenha acesso a todas as edições de VEJA:

    Ou adquira a edição desta semana para iOS e Android.
    Aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.