Temer não descarta presença do Exército no RJ até o fim de 2018
O presidente se reuniu com Luiz Fernando Pezão e Marcelo Crivella em viagem para supervisionar a atuação das Forças Armadas no estado
O presidente Michel Temer (PMDB) disse neste domingo que há a possibilidade de estender o decreto que autorizou a atuação das Forças Armadas para garantir a segurança no Rio de Janeiro. Em breve viagem para supervisionar o trabalho do Exército no estado, Temer declarou que poderá renovar a permanência dos militares no Rio até o final de 2018.
“Este é um primeiro momento, uma primeira fase que será sequenciada por várias fases. No meu decreto, assinado na sexta, eu fixei, por razões do ano fiscal, que essa operação se dará até 31 de dezembro de 2017. Mas nada impedirá que, no começo do ano, nós renovemos esse decreto para fazermos vigorar até o final de 2018. E, evidentemente, tudo isso poderá indicar que as ações conjuntas e coordenadas dessas forças de segurança possam ser ampliadas para os anos seguintes”, disse o presidente.
Temer participou de uma reunião na sala do comando do Estado-Maior, no prédio do Comando Militar do Leste (CML), para receber informações sobre a atuação das Forças Armadas no Rio de Janeiro. Estiveram no encontro os ministros da Defesa, Raul Jungmann; da Fazenda, Henrique Meirelles; da Justiça, Torquato Jardim; e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco. O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o prefeito do Rio, Marcello Crivella, também foram à reunião.
A atuação das Forças Armadas no Rio será em apoio às ações do Plano Nacional de Segurança Pública. A implantação do plano no Rio de Janeiro empregará 8.500 militares das Forças Armadas, 620 integrantes da Força Nacional de Segurança e 1.120 da Polícia Rodoviária Federal, sendo que 380 agentes são de outros Estados.
O presidente sobrevoa ainda neste domingo as áreas cobertas pela operação militar na região metropolitana do Rio. A comitiva de autoridades será dividida em dois helicópteros. O plano de voo prevê passagens pela orla do Rio e por comunidades afetadas pela violência. Em seguida, Temer embarca com os ministros de volta para Brasília, onde dará prosseguimento às articulações políticas para barrar no plenário do Câmara a acusação por corrupção passiva que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou contra ele. A votação da denúncia está prevista para esta quarta-feira.